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Cultura
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 13:44

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Vencedora de três Prêmios Jabuti, Marina Colassanti é presença confirmada na segunda edição da Literamérica 2006 - Feira Sul-Americana do Livro. A autora já publicou mais de 30 obras entre literatura infantil e adulta. Tem vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Dentre outros, escreveu “E por falar em amor”, “Contos de amor rasgados”, “Aqui entre nós”, “Intimidade pública”, “Eu sozinha”, “Zooilógico”, “A morada do ser”, “A nova mulher” (que vendeu mais de 100.000 exemplares), “Mulher daqui pra frente”, “O leopardo é um animal delicado”, “Gargantas abertas” e os escritos para crianças “Uma idéia toda azul” e “Doze reis e a moça do labirinto de vento”. Colabora, também, em revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

Nas obras a autora reflete, a partir de fatos cotidianos, sobre a situação feminina, o amor, a arte, os problemas sociais brasileiros, sempre com aguçada sensibilidade. Detalhista, observadora incansável do pequeno, Marina tira grandeza das miudezas do dia-a-dia. A relação da autora com os versos se estende mesmo aos textos em prosa.

Marina flerta com a linguagem poética todo o tempo, ao proferir palestras ou ao escrever seus contos. Opta pela concisão inteligente, que faz com que seus textos fiquem densos, mas sem ser prolixo. Como ocorre na crônica “Eu sei, mas não devia”, que deu a Marina o prêmio Jabuti em 1992: “A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma”.

Como não poderia ser diferente, nesta crônica premiada, a autora descreve situações do cotidiano, onde o ser humano evita o confronto entre ideal e realidade, muitas vezes para se preservar. Na obra, muito mais que falar de problemas, ela questiona o leitor até quando permanecerá inerte, deixando-se levar pelas situações, acomodado. A abordagem é feita de forma clara e concisa como é o estilo dela.

Marina Colassanti Sant'Anna nasceu em 26 de setembro de 1937, em Asmara, Etiópia. Passou a infância na África. Depois seguiu para a Itália, onde morou por 11 anos. Chegou ao Brasil em 1948, e a família se radicou no Rio de Janeiro, onde reside desde então. Possui nacionalidade brasileira e naturalidade italiana.

Ingressou no Jornal do Brasil em 1962, como redatora do Caderno B. Desenvolveu as atividades de: cronista, colunista, ilustradora, subeditora, Secretária de Texto. Foi também editora do Caderno Infantil do mesmo jornal. Participou do Suplemento do Livro com numerosas resenhas.

Na televisão foi editora e apresentadora do noticiário Primeira Mão -TV Rio, 1974; apresentadora e redatora do programa cultural Os Mágicos -TVE, 1976; âncora do programa cinematográfico Sábado Forte -TVE, de 1985 a 1988; e âncora do programa patrocinado pelo Instituto Italiano de Cultura, Imagens da Itália- TVE, de 1992 a 1993.

A Literamérica 2006 é organizada pela cadeia produtiva da cultura, representada por organismos públicos e privados internacionais, nacionais, estaduais e municipais, coordenada pela Associação dos Amigos do Livro Mato-grossense (AlimeMTo). A Feira do Livro Sul-Americano será realizada entre os dias 16 e 24 de setembro, no Centro de Eventos do Pantanal.





Fonte: 24HorasNews

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