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Politica Brasil
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 06:32

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O empresário de ônibus João Antônio Setti Braga, ex-sócio do consórcio de transporte público Expresso Nova Santo André, em depoimento ontem à Justiça Criminal de Santo André (SP) confirmou a existência de um esquema de propina montado durante a gestão do PT na cidade. Braga disse à juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal de Santo André, Daniela Duarte, que recebeu ordens para pagar um valor designado como "custo político", mensalmente, para poder operar na cidade.

As investigações sobre a suposta cobrança de propina em Santo André começaram em junho de 2002, após denúncia do Ministério Público. Para o MP, o dinheiro ilícito arrecadado ajudou a financiar campanhas eleitorais do PT. O partido rejeita de forma veemente a acusação.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o empresário afirmou que, após se revoltar contra a cobrança e contra a administração do consórcio chegou a perder linhas de ônibus. Os líderes do esquema, segundo o Ministério Público, seriam o ex-secretário municipal Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), o empresário Ronan Maria Pinto e o ex-segurança Sérgio Gomes da Silva - também acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito da cidade, Celso Daniel (PT).

Outra testemunha, a contadora Gislene Valeriano da Silva, responsável pelas contas do Expresso Nova Santo André, também foi ouvida. Segundo ela, representantes das empresas entregavam, uma vez por mês, envelopes com dinheiro que totalizavam de R$ 100 mil a R$ 120 mil.

A contadora afirmou que, após conferir os valores, repassava o montante a Irineu Nicolino Martin Bianco, apontado como empregado de Ronan. Os valores, ainda de acordo com Gislene, nunca entraram no registro contábil do consórcio.





Fonte: Terra

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