"Juros vão cair", promete Lula antes de divulgar programa
O coordenador do programa de governo, Marco Aurélio Garcia, afirmou, antes do discurso de Lula, que o programa terá como um de seus eixos "um crescimento mais acelerado" e que a queda dos juros "é importante para esse objetivo".
Em reunião da coordenação política da campanha, em Brasília, a queda da taxa de juros foi considerada como condição para uma folga na política fiscal e liberação de investimentos, segundo o ex-ministro Roberto Amaral, representante do PSB.
No discurso para cerca de 60 acadêmicos e escritores em um hotel de São Paulo, Lula disse que o Banco Central "nem sempre tem todos os instrumentos para cumprir a meta de inflação", para defender sua equipe, que havia sido criticada pelo economista Paulo Nogueira Batista.
"Paulinho, os juros vão cair, o câmbio vai se ajustar, a economia vai crescer e os projetos de investimento mais importantes já estão encaminhados", disse Lula dirigindo-se ao economista.
Restritiva Nogueira Batista havia repetido suas críticas à política monetária do governo Lula, que considerou "desnecessariamente restritiva". Lembrou que o Brasil tem uma taxa de inflação semelhante à dos Estados Unidos e juros reais "dez vezes mais altos".
A jornalistas, antes da reunião de Lula com os acadêmicos, Marco Aurélio Garcia disse que "um dos fatores mais importantes para obter índices maiores de crescimento do PIB é a queda da taxa de juros", confirmando que o tema faz parte do programa para o segundo mandato.
Segundo o coordenador, o programa trará seis compromissos para o segundo mandato: além do crescimento maior da economia, o combate à exclusão social, aprofundamento das políticas públicas de educação e saúde; reforma do estado com reforma política; garantias para a segurança do cidadão, e política externa soberana.
"O nome do segundo mandato, como disse o presidente Lula, será desenvolvimento com distribuição de renda e educação de qualidade", disse Marco Aurélio Garcia. "Será uma etapa de crescimento acelerado e aprofundamento da democracia."
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