Segurança e educação dominam debate no PR
O senador Osmar Dias (PDT) defendeu a reforma política, principalmente o voto distrital, a fidelidade partidária e o fim das reeleições. Quando questionado por Melo Viana sobre seu vice - Derli Donin (PP) - ser acusado de atos de corrupção, Dias se defendeu:
"Não existe ainda nenhuma ação julgada. Temos que aguardar o julgamento do processo". O senador aproveitou, também, para se defender de críticas aos senadores paranaenses proferidas por Viana. "Falta informação quando você acusa os senadores de não fazerem nada", disse, citando o seu projeto de primeiro emprego como exemplo. Dias citou o aumento do preço do pedágio no estado, criticando como promessa não cumprida pelo governo Requião. "Muitos votaram acreditando nesta promessa, não se pode votar em quem promete e não cumpre", afirmou.
Roberto Requião (PMDB) abriu sua fala no debate falando do Estado como nação e um partido ideológico, ao contrário do lucro. O atual governador destacou ações realizadas no seu mandato, como o programa "leite das crianças", a energia elétrica gratuita e a tarifa social da água. Na área da saúde, Requião citou 24 hospitais em construção no Paraná. "Estes hospitais ficarão prontos até o final do ano, descentralizando o atendimento no Estado", disse, reforçando a participação da Pastoral da Criança:
"Juntos iremos implantar centros de saúde da mulher nos bairros mais pobres". O governo de Requião foi criticado pelos candidatos presentes no debate, principalmente por Rubens Bueno. O candidato à reeleição pediu vários direitos de resposta, nenhum atendido, com a justificativa de que não configuravam ofensa pessoal.
O candidato pela coligação do Voto Limpo, Rubens Bueno (PPS) usou como bandeira a mudança no sistema. Bueno foi o que mais fez críticas ao governo Requião, principalmente na questão da educação.
"É um descaso com a educação, o professor precisa ser valorizado. A educação infantil fundamental e precisa de atenção", afirmou, aproveitando para dizer que o seu governo não vai ser "ditatorial". O candidato do PPS enfocou a segurança pública no Estado:
"A aplicação de recursos com segurança diminuiu no atual governo, estamos sendo tomados por pânico nas ruas com a violência", disse.
Flávio Arns (PT), logo no início do debate, foi interrogado por Luiz Adão (PSDC), que afirmou que "Lula está do lado dos banqueiros e abandonou a agricultura". Arns afirmou que qualquer que seja a situação, é preciso reconhecer avanços e enfrentar os desafios. Na segurança, o candidato do PT defendeu a consolidação das iniciativas já existentes e a criação de polícia cidadã.
"Queremos uma polícia integrada com a comunidade nos bairros", disse. Na questão da saúde, Arns destacou a criação de serviços emergenciais de especialidades nas unidades de saúde, empregando 12% do orçamento. Melo Viana (PV) defendeu a geração de riqueza para o desenvolvimento.
"O governo precisa dar direito à cidadania em um meio ambiente saudável, assim, vamos levar bem-estar e desenvolver a sabedoria da população", afirmou. Na educação, defendeu a escola integral para realização de atividades criativas.
O candidato do PSOL, Luiz Felipe Bergmann, destacou a diminuição dos juros para criar desenvolvimento econômico, a integração cultural com o Mercosul e um modelo de gestão democrática. Bergmann defendeu, na saúde, o modelo preventivo e não o de tratamento de doenças.
Antônio Roberto Forte (PSL) afirmou que, se eleito, vai criar uma escola de ofício. "O desempregado irá aprender uma profissão para ter chances no mercado de trabalho". Forte se disse preocupado com o preço do pedágio e que quer melhorar o que o atual governo realizou.
Luiz Adão (PSDC) disse que é preciso melhorar a escola pública, inclusive para portadores de necessidades especiais. Adão defendeu a educação de qualidade para filhos de presidiários. "É natural que os filhos vão pelo mesmo caminho, é preciso educação". O candidato do PSDC destacou, também, a importância dos serviços públicos de qualidade.
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