Lula fará em setembro ato de reaproximação com intelectuais
O encontro do presidente candidato com professores da área social, filosófica e econômica, marcado para esta segunda-feira à noite num hotel de São Paulo, é o último passo na preparação do ato previsto para a última semana de setembro. Em agosto, Lula fez reuniões com a comunidade das ciências exatas, com educadores (ambos em Brasília) e com artistas (na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Rio).
No encontro com educadores, Lula lamentou ter perdido, juntamente com o PT, "valorosos companheiros de viagem," numa referência indireta a fundadores do partido que se tornaram críticos e até adversários do governo, como o ex-deputado Plínio Arruda Sampaio e o economista Chico de Oliveira.
O comitê da reeleição divulgou que mais de 50 intelectuais estarão com Lula em São Paulo, incluindo o sociólogo Emir Sader, que foi um dos mais duros críticos da política econômica e social durante a primeira metade do governo Lula.
"Expressivos intelectuais brasileiros sempre tiveram um relacionamento mais orgânico com o PT, que nunca deixou de existir, mas esses encontros no período eleitoral têm um sentido de repactuação", disse o ministro Luiz Dulci, da secretaria-geral da Presidência, responsável pela agenda de Lula com os intelectuais.
Artistas como Paulo Betti e cientistas como Luiz Pinguelli Rosa, que também haviam se distanciado do governo, participaram dos primeiros encontros com o candidato, em agosto. Além de Sader, Lula falará nesta segunda com os filósofos Cândido Mendes e Marilena Chauí e os escritores Ariano Suassuna, Fernando Morais e Moacyr Scliar, entre outros.
"Encontros como esses são uma oportunidade para o presidente ouvir, recolher avaliações, críticas e propostas", disse Luiz Dulci.
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