Secretário do Tesouro descarta possibilidade de crise fiscal em 2007
Segundo ele, a elevação desses gastos não vai mudar o cumprimento da meta de superávit fiscal (economia que o governo faz para pagar juros da dívida) para este ano, de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto). "Temos o controle sobre a situação", disse.
Entre janeiro e julho, os gastos do governo (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cresceram 14,8% em relação a igual período de 2005, totalizando R$ 211,489 bilhões. Enquanto isso, a arrecadação de impostos aumentou 11,1% e somou R$ 306,019 bilhões.
Kawall destacou que o debate fiscal no país mudou de foco, passando do superávit primário para a carga tributária, o nível do gasto corrente, a qualidade do gasto e o investimento público.
O secretário informou ainda que o governo precisará de financiamento de cerca de US$ 14,2 bilhões até 2008. Para essa captação, é provável que haja emissões de títulos da dívida externa em reais, como aconteceu em setembro do ano passado, com papéis prefixados de dez anos ou mais, e um programa de recompra de títulos antigos.
As declarações foram dadas durante o seminário "Grau de Investimento: O Grande Desafio do Próximo Presidente".
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