Uma minirreforma administrativa é estudada pelo Governo para reduzir gastos

O governo do Estado deverá implementar, após as eleições, uma minirreforma administrativa. O projeto, que ainda está em fase preliminar, prevê a extinção de vários cargos de coordenação e gerência, mas, a princípio, não haverá fusão ou extinção de secretarias.

"Essa é uma possibilidade que poderá ser analisada no caso da reeleição do governador Blairo Maggi", informou um membro do governo. A idéia em gestação é reduzir o número de secretarias, que passaria das atuais 20 para 12. A minirreforma administrativa é uma fase preliminar à que será implantada a partir de janeiro de 2007.

O objetivo, neste momento, é reduzir gastos, já que o Estado trabalha com previsão de um déficit de R$ 200 milhões para o ano de 2006. A proposta em debate prevê um corte drástico no que se denominou cargos de "gestão administrativa". Por exemplo: em Rondonópolis, existem 30 estruturas de secretarias e órgãos no município.

Cada um tem coordenador administrativo, financeiro e de Recursos Humanos. Esse fato acaba gerando ociosidade, uma vez que não há muito trabalho para se fazer. "A proposta é centralizar toda a gestão administrativa, mas preservando o restante da estrutura de cada uma", informou a fonte. "O que estamos buscando é acabar com a redundância de funções que existe no serviço público".

O governo pretende colocar em prática, a partir de outubro, unidades regionais de administração. Dessa forma, a função de gestão será centralizada e evitará a multiplicação de cargos de forma desnecessária. A proposta, que será discutida com o governador Blairo Maggi após as eleições, prevê também a eliminação de cargos de coordenação e gerência no núcleo da administração central.

As secretarias seriam mantidas para atender os seus objetivos fins, mas a estrutura de RH, financeira, compra, empenho etc, passariam a ser centralizadas, possivelmente, na Secretaria de Administração. Com isso, o governo espera fazer uma economia substancial.