Alckmin esbanja otimismo no Acre

Animado com o empenho dos aliados do PPS, PSDB e PFL do Acre em pedir votos para elegê-lo presidente, tanto nas ruas quanto no programa eleitoral de rádio e televisão, o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, deixou Rio Branco na sexta-feira esbanjando otimismo. "Depois desta recepção calorosa, não tenho dúvida de que aqui começou a grande virada", afirmou, no encerramento de um comício para cerca de 600 pessoas, no centro da capital. "Vamos à luta e à vitória para mudar o Acre e o Brasil."

"Vocês sabem o que quer dizer PT?", indagou o presidenciável à platéia que ouvia o seu discurso num palanque improvisado na carroceria de um caminhão. "Significa partido triste, porque amedronta as pessoas e tira a esperança do povo", respondeu.

Ele avaliou que o jovem de hoje tem medo do futuro e o povo "está desencantado" com o novo escândalo de corrupção no governo a cada dia". "Alckmin seguiu o mesmo mote do discurso feito minutos antes pelo candidato do PPS ao governo do Acre, Márcio Bittar. "Alckmin será eleito presidente para moralizar o País e acabar com essa corrupção imunda no Brasil e no Acre", disse Bittar.

No anúncio da chegada da dupla ao palanque, o locutor do comício saudou a multidão com provocações ao PT do governador Jorge Viana. "Na campanha do lado de lá, convocam as secretarias de Estado para organizar e fazem até chamada, mas o Brasil precisa de mudanças e o voto é secreto", disse o locutor.

Com relógio marcando duas horas a menos que em Brasília por conta do fuso horário, Alckmin teve de começar a campanha mais cedo para chegar a Rondônia no final da manhã. Levantou-se às 6 horas e às 7 horas já caminhava pelo calçadão da Praça do Passeio, em Rio Branco, pela feira livre da cidade e pelo comércio formal das ruas do centro.

Depois de um cafezinho na barraca de um ambulante, entrou numa loja de roupas populares e, entre abraços e declarações de votos das vendedoras, acabou comprando uma camiseta com o escudo do Santos, seu time de futebol. Pagou R$ 40 e não se esqueceu de cobrar a nota fiscal. Foi uma hora e meia de muito aperto de mão e muito calor. No meio do caminho até o palanque, foi recebido por um apitaço dos militantes do PPS que agitavam bandeiras com seu nome. "O balanço da visita é muito positivo, sinto que a campanha está esquentando", agradeceu o tucano com a camisa molhada de suor, se despedindo dos aliados já no aeroporto de Rio Branco.