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Politica Brasil
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 08:20

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Insatisfeito com tucanos e pefelistas, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, está isolado no comando de sua campanha. Com a desidratação do comitê de Brasília, ganha força a ala paulista, a ponto de nomes de expressão nacional, como os senadores Jorge Bornhausen (PFL-SC) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), viajarem a São Paulo para ouvir o coordenador de comunicação da campanha, Luiz Gonzalez.

Na quarta-feira, em sua visita a Brasília, foi o próprio Alckmin quem telefonou a aliados para traçar a agenda de viagens. É em São Paulo que Alckmin concentrará atividades, em busca de cenas que apaguem a idéia de desânimo na campanha. Enquanto paulistas se queixam de abandono, a ala de Brasília alega que Alckmin afasta aliados ao não ouvir sugestões.

Alvo de críticas do grupo paulista, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), não participa de discussões desde domingo, quando houve uma reunião. Sem ter confirmado presença num almoço de adesão na semana que vem, Tasso estava incomunicável na segunda, quando o governador do Ceará, Lúcio Alcântara, exibiu imagens de Luiz Inácio Lula da Silva em seu programa.

Foi Renata, mulher do senador, quem recebeu Lu Alckmin em visita ao Ceará. Segundo Guerra, coordenador da campanha, Tasso se dedica à campanha no interior. Aliados de Alckmin também reclamam da inapetência dos governadores de Minas, Aécio Neves, e da Paraíba, Cássio Cunha Lima.

Anteontem, em conversa com jornalistas, Alckmin ironizou os que insistem para que ataque Lula na TV. "Quando era candidato em Pindamonhangaba [SP], tinha um sujeito chamado Ditão que ficava na frente dos palanques gritando "bate, doutor, bate". Tem muito Ditão nesta campanha".

Segundo a Folha apurou, o tucano está particularmente irritado com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Mas, sem encontrar eco para suas sugestões, foram Bornhausen e o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que decidiram voltar a seus Estados. Fora as vezes em que é convocado para dissipar crises entre pefelistas e tucanos, como hoje, no Amazonas, Bornhausen diz que é mais útil pedir votos em Santa Catarina. "Não adianta ir para Brasília. Para alguns problemas [como de palanques nos Estados], não há solução", disse ele.

O afastamento de senadores e deputados da campanha ficou patente anteontem durante a passagem de Alckmin por Brasília. Dos 13 congressistas que antes se sentavam à mesa no chamado "conselho político", só Guerra esteve com o candidato, sendo que pelo menos outros três integrantes estavam no plenário do Senado no momento da reunião. "Campanha de quem não está na frente é sempre um mar de "rolos'", resumiu o candidato a vice, José Jorge, que chegou a Brasília após a saída de Alckmin.





Fonte: Folha de S. Paulo

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