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Novo método para obter células-tronco não convence nos EUA
O anúncio de um método para a obtenção de células-tronco humanas que não impede, aparentemente, o desenvolvimento do embrião, foi recebido nos Estados Unidos com ceticismo pelos analistas, enquanto dirigentes religiosos rejeitaram a técnica.
A empresa Advanced Cell Technology, de Massachusetts, anunciou na quarta-feira que tinha desenvolvido um método para a obtenção de células-tronco (com o potencial de formar tecidos de diferentes órgãos) sem destruir os embriões.
Muitos cientistas acham que as células-tronco, tiradas de embriões, poderiam ser usadas para o tratamento de várias doenças.
Em agosto de 2001, o presidente dos EUA, George W. Bush, proibiu o uso de fundos federais para a pesquisa de células-tronco, exceto para algumas dezenas de cepas já obtidas em clínicas de reprodução.
"A técnica não resolve as graves preocupações éticas. No entanto, é encorajador que os cientistas façam pelo menos alguns esforços sérios para evitar a destruição de embriões", disse o porta-voz da Casa Branca, Peter Watkins.
O método, segundo o diretor médico da ACT, Robert Lanza, consiste na retirada de uma célula de um embrião, usada em seguida para a produção de várias linhagens de célula-tronco.
Os pesquisadores usaram embriões de quatro a oito células, gerados por fertilização "in vitro" em clínicas de reprodução assistida, e que seriam destruídos.
"A ACT afirma que o embrião poderia continuar vivo, ser implantado no útero e se desenvolver. Mas não afirma que os embriões tenham sobrevivido", explicou à Efe o porta-voz da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, Sean Tipton.
"A experiência é gravemente antiética, porque envolveu a manipulação de 16 embriões humanos congelados, que depois foram desprezados", disse Richard Doerflinger, subdiretor de Atividades Pró Vida da Conferência de Bispos Católicos dos EUA.
Para o pregador Jerry Falwell, figura de destaque entre os cristãos conservadores dos EUA, o método anunciado "não passa num teste de correção ética, bíblica e moral".
Ronald Green, diretor do Instituto de Ética do Colégio Darmouth (New Hampshire) disse que "uma das objeções éticas principais dos críticos ao uso de células-mães de embriões humanos é que todas as técnicas usadas até agora causavam a destruição do embrião".
"Esta técnica supera o problema e pode desempenhar um papel crítico no avanço da medicina regenerativa", acrescentou Green, também membro da Junta Assessora de Ética da ACT.
"Mas os embriões foram destruídos. Não se sabe, além disso, se as células tiradas dos embriões poderiam ter se transformado elas mesmas em novos embriões", disse à Efe Bill Mattison, professor de teologia da Universidade Católica dos EUA.
A retirada de uma célula de um embrião não é assunto novo.
Durante décadas, foi usada nas clínicas de fertilização assistida para determinar qual de vários embriões está livre de defeitos genéticos.
Além disso, em períodos mais avançadas da gestação, é comum tirar células do feto para a detecção de defeitos genéticos, sem que isso perturbe o desenvolvimento do bebê.
"Já há mais de 300 problemas de saúde tratados com células-tronco tiradas de adultos. E a Igreja Católica não tem problema algum com isso", disse Mattison. "Mas até agora ninguém provou que se possa tratar uma só doença com células-tronco de embriões", acrescentou.
A empresa Advanced Cell Technology, de Massachusetts, anunciou na quarta-feira que tinha desenvolvido um método para a obtenção de células-tronco (com o potencial de formar tecidos de diferentes órgãos) sem destruir os embriões.
Muitos cientistas acham que as células-tronco, tiradas de embriões, poderiam ser usadas para o tratamento de várias doenças.
Em agosto de 2001, o presidente dos EUA, George W. Bush, proibiu o uso de fundos federais para a pesquisa de células-tronco, exceto para algumas dezenas de cepas já obtidas em clínicas de reprodução.
"A técnica não resolve as graves preocupações éticas. No entanto, é encorajador que os cientistas façam pelo menos alguns esforços sérios para evitar a destruição de embriões", disse o porta-voz da Casa Branca, Peter Watkins.
O método, segundo o diretor médico da ACT, Robert Lanza, consiste na retirada de uma célula de um embrião, usada em seguida para a produção de várias linhagens de célula-tronco.
Os pesquisadores usaram embriões de quatro a oito células, gerados por fertilização "in vitro" em clínicas de reprodução assistida, e que seriam destruídos.
"A ACT afirma que o embrião poderia continuar vivo, ser implantado no útero e se desenvolver. Mas não afirma que os embriões tenham sobrevivido", explicou à Efe o porta-voz da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, Sean Tipton.
"A experiência é gravemente antiética, porque envolveu a manipulação de 16 embriões humanos congelados, que depois foram desprezados", disse Richard Doerflinger, subdiretor de Atividades Pró Vida da Conferência de Bispos Católicos dos EUA.
Para o pregador Jerry Falwell, figura de destaque entre os cristãos conservadores dos EUA, o método anunciado "não passa num teste de correção ética, bíblica e moral".
Ronald Green, diretor do Instituto de Ética do Colégio Darmouth (New Hampshire) disse que "uma das objeções éticas principais dos críticos ao uso de células-mães de embriões humanos é que todas as técnicas usadas até agora causavam a destruição do embrião".
"Esta técnica supera o problema e pode desempenhar um papel crítico no avanço da medicina regenerativa", acrescentou Green, também membro da Junta Assessora de Ética da ACT.
"Mas os embriões foram destruídos. Não se sabe, além disso, se as células tiradas dos embriões poderiam ter se transformado elas mesmas em novos embriões", disse à Efe Bill Mattison, professor de teologia da Universidade Católica dos EUA.
A retirada de uma célula de um embrião não é assunto novo.
Durante décadas, foi usada nas clínicas de fertilização assistida para determinar qual de vários embriões está livre de defeitos genéticos.
Além disso, em períodos mais avançadas da gestação, é comum tirar células do feto para a detecção de defeitos genéticos, sem que isso perturbe o desenvolvimento do bebê.
"Já há mais de 300 problemas de saúde tratados com células-tronco tiradas de adultos. E a Igreja Católica não tem problema algum com isso", disse Mattison. "Mas até agora ninguém provou que se possa tratar uma só doença com células-tronco de embriões", acrescentou.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/280610/visualizar/
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