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Politica Brasil
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 20:54
Por: Carmen Pompeu

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Depois deflagrar uma crise no ninho tucano, o governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), não usou o depoimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu programa no horário eleitoral do rádio e da televisão desta quarta-feira, 23. A verdade é que Lúcio deixou de veicular depoimento de Lula não pelo mal-estar gerado no PSDB nacional, mas porque foi proibido pela Justiça Eleitoral cearense. Seu advogado, inclusive, avisou: vai recorrer da decisão.

Ele, no entanto, continuou ignorando Geraldo Alckmin, candidato do partido dele à Presidência.

Nesta quarta de manhã, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) acatou pedido de liminar interposto pela coligação de Cid Gomes (PSB), principal adversário de Lúcio na disputa pelo governo cearense, contra a propaganda eleitoral do tucano, proibindo-o de exibir imagens e fala do presidente Lula.

Lúcio, no entanto, pretende insistir. De acordo Vasconcelos, o governador não fez campanha, mas apenas mostrou que tem uma parceria com o governo federal. "Foi uma postura institucional e a Constituição Federal define que essa parceria deve existir", afirmou o advogado.

Hoje, tanto no rádio como na televisão, Lúcio manteve a fala onde enaltece a parceria mantida por ele com a administração do presidente Lula. "É necessário que o governo do Estado tenha, como estou tendo, permanente diálogo com a sociedade e estreita parceria com o governo federal. Um grande exemplo da parceria com o governo federal e organizações internacionais é a instalação da Usina Siderúrgica do Ceará. Uma luta antiga que tenho a honra de realizar", disse, para completar em seguida: "Quero continuar contando com a parceria do governo federal e, sobretudo, com a parceria do povo cearense".

Na televisão, enquanto a coligação de Cid Gomes apresentava fotografias, o nome e o número de Lula ao fundo, Lúcio e a maioria de seus apoiadores não fizeram qualquer referência a Alckmin. Apenas três candidatos a deputado, todos ligados ao senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB, pediram votos para o candidato tucano à Presidência.





Fonte: Agência Estado

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