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Politica Brasil
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 18:06

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O Psol protocolou no Conselho de Ética do Senado uma representação para pedir a abertura de processo de cassação dos senadores citados pelo relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, que investiga fraudes na compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento da União.

A estratégia é uma forma de agilizar a abertura dos processos de cassação contra Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT), que é candidata ao governo de Mato Grosso. Isso porque ao receber as recomendações da CPI, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não encaminhou diretamente as representações ao Conselho, o que abriria automaticamente os processos.

Renan tinha encaminhado denúncias, o que, segundo o regimento interno da casa, obrigaria o Conselho de Ética a reunir provas e, depois, devolver um parecer à Mesa Diretora. A tramitação atrasaria a abertura dos processos. Por isso, o Psol decidiu apresentar diretamente uma representação, uma maneira de agilizar o julgamento.

A representação foi assinada pela presidente do partido, Heloísa Helena, e entregue ao Conselho de Ética pela líder do partido na Câmara, deputado Maninha (DF). A parlamentar foi acompanhada pelo sub-relator da CPI dos Sanguessugas, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

Indagada se a decisão do Psol era uma desconfiança pela decisão do presidente do Senado, a deputada Maninha respondeu que é apenas uma forma de evitar “interpretações diferentes”. “Não é uma desconfiança no presidente no Senado, mas é uma precaução para que nada aconteça de forma diferente que nós esperamos”, explica.

“E entendemos que o caminho que foi tomado no Senado provoca interpretações diferentes, pois sindicância não é pedido de cassação”, completou. “O que nós protocolamos é o pedido de cassação contra os senadores citados pela CPI dos Sanguessugas. É não deixar espaço para interpretação e para que a pizza não seja cozida no forno.”

Agora, a representação do Psol será numerada pela Mesa Diretora do Senado e serão instaurados os processos. A ação protocolada no Conselho de Ética repete o procedimento do PV na Câmara dos Deputados para acelerar os processos de cassação. Após duas renúncias de deputados, o Conselho de Ética da Câmara instaurou 67 processo por quebra de decoro.





Fonte: ABr

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