Orquestra de Câmara se apresenta em Cáceres e Pontes e Lacerda
As apresentações nas cidades do interior fazem parte de uma estratégia de ação da Orquestra para democratizar e descentralizar o acesso à Cultura. Os concertos são gratuitos e ocorrem sempre em locais de fácil acesso. Este ano, já foram realizados concertos na região Norte, em Alta Floresta, na região Sul, em Rondonópolis e na região Leste, nas cidades de Primavera do Leste, Água Boa e Barra do Garças. Até o final do ano, a Orquestra se apresentará em pelo menos 12 cidades
Com o objetivo de aproximar a população da música instrumental, até o repertório foi feito com esta intenção. O maestro Leandro Carvalho quer “quebrar o gelo” e desinformalizar o ritual típico de um concerto sinfônico. Além da apresentação da orquestra, ele apresenta os instrumentos e ainda fala de forma descontraída sobre os compositores e as peças que serão executadas.
O grande diferencial da orquestra é o uso da viola-de-cocho, mas apesar do instrumento ser o símbolo de Mato Grosso, grande parte da população nunca a viu e não sabe qual o som feito pela viola.
A Orquestra faz uma verdadeira viajem pelo Brasil por meio da música. O concerto inicia-se três peças ‘caboclas’, criadas por mestres do cancioneiro popular brasileiro: Siriema, de Nhô Pai e Mario Zan, Noites do Sertão, de Tavinho Moura e Milton Nascimento e Chuá Chuá de Pedro Sá Pereira e Ari Pavão.
Em seguida, o foco volta-se para a cultura nordestina com clássicos do repertório: Mourão de Guerra Peixe, Chegança e Momento Armorial de Benny Wolkoff, o maracatu Eh! Luanda de Capiba e uma coletânea de frevos intitulada Frevança com temas de Edgar Moraes, Antônio Maria e Seno.
Terminada esta incursão pelos mais tradicionais ritmos brasileiros, a Orquestra volta-se para a cultura sul-americana e interpreta duas peças de dois dos maiores compositores paraguaios, reafirmando a profunda ligação existente entre a cultura mato-grossense e a dos países irmãos fronteiriços. São elas: Danza Paraguaia de Augustin Barrios e Pizzicato em Cascada de Herminio Gimenez. Para encerrar o concerto, os músicos aterrisam em solo brasileiro, mais especificamente do Brasil Central e concentram forças na Peleja de Siriema com Cobra do violeiro Roberto Correa (que foi solista da Orquestra em 2005), e dois rasqueados: Quilombinho de José Agnello Ribeiro e Homenagem a Mestre Albertino com arranjo do compositor e colaborados da Orquestra Italo Perón. A Orquestra é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura, e tem como apoiadora a Lei Federal de Incentivo à Cultura, e as empresas EPE Pantanal Energia, Bimetal, Nortox, Localiza, Churrascaria Fornari, Hotel Mato Grosso Palace e do Sesc Mato Grosso. Orquestra – Desde a criação em 2005, a Orquestra vem fazendo grande sucesso. Foram abertas novas vagas para músicos em 2006 e a agenda foi ampliada para mais de 80 concertos em todo o Estado. Músicos vieram de vários países europeus e dos Estados Unidos, além de outros Estados brasileiros, para integrar o grupo. O nível alcançado trouxe o convite para a participação no maior festival de música barroca do mundo, o Festival ‘Misiones de Chiquitos’, que acontece uma vez a cada dois anos na Bolívia. Em maio de 2006, a Orquestra de Câmara do Estado de MT apresentou-se para um público de 30 mil pessoas no Estádio do Verdão, no Casamento comunitário, promovido pelo Governo de Mato Grosso.
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