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Politica Brasil
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 16:37

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As despesas do governo apresentam um crescimento maior do que a arrecadação de receitas. Nos primeiros sete meses do ano, os gastos do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cresceram 14,8% sobre o mesmo período de 2005, para R$ 211,489 bilhões. Já a arrecadação (incluindo dinheiro que depois será repassado a Estados e municípios) chegou a R$ 306,019 bilhões, um crescimento de 11,1%.

Com esses resultados, o superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) do governo central foi de R$ 41,373 bilhões, uma queda de 4,06%. Essa economia é equivalente a 3,55% do PIB (Produto Interno Bruto), contra 3,99% no ano passado.

A meta de superávit primário como um todo --incluindo estatais e governos regionais-- é de 4,25%.

Segundo nota divulgada hoje pelo Tesouro, o aumento das despesas é decorrência do aumento dos gastos com benefícios e aposentadorias da Previdência Social e com os gastos de custeio (manutenção da máquina pública).

Do lado das receitas, o destaque foi o aumento da arrecadação por meio do recolhimento do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Hoje, o ministro Guido Mantega (Fazenda) negou que o governo enfrente aumento expressivo dos gastos públicos e que há uma tentativa de controlar o crescimento do déficit da Previdência.

'O que está subindo um pouco mais é a Previdência. Está sendo feito um trabalho de gestão na Previdência com vistas a reduzir o déficit que existe lá. Então, se for preciso a gente vai cortar gastos. A gente vai reduzir as despesas de modo que as metas fiscais serão cumpridas religiosamente neste ano. E, se estivermos aqui nos próximos anos, também.'





Fonte: Folha Online

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