Alckmin eleva o tom e critica Lula; presidente janta com empresários
A mudança de discursos ocorre logo depois da divulgação da última pesquisa Datafolha, que mostrou que Lula mantém a liderança entre o eleitorado, com 49% das intenções de voto e com chance de vencer no primeiro turno, já que tem 56% dos votos válidos.
As críticas de Alckmin a Lula foram feitas depois de integrantes do PFL --partido que integra com o PSDB a coligação da candidatura do tucano-- pedirem para ele "bater" mais no presidente e abandonar o estilo "zen".
"Este efeito aumenta ainda mais a necessidade da campanha de Alckmin desconstruir Lula, dizer ao eleitor, claramente, porque não deve votar em Lula e o desastre que seria um hipotético segundo governo Lula", disse o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), em mensagem enviada pelo seu ex-blog.
Para Maia, se Alckmin demorar para agir, suas críticas mais contundentes poderão ser vistas como apelação de candidato perdedor. "Mais que nunca cabe bater para derrubar essa avaliação enquanto é tempo."
Apesar de elevar o tom, Alckmin seguiu um rumo diferente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao comentar a questão do impeachment de Lula. FHC disse que as denúncias de corrupção que atingiram o governo Lula sustentam um pedido de impeachment do presidente. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) contra-atacou acusando FHC de estar "desequilibrado politicamente". Alckmin afirmou que o seu partido quer fazer o impeachment "sob o ponto de vista das eleições".
Lula
O presidente Lula não tem agenda pública como candidato nesta quarta-feira. De manhã, ele gravou seu programa eleitoral gratuito.
À noite, como presidente, ele tem um jantar com empresários na casa do ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento).
Na quinta, ele se reúne em Foz do Iguaçu com a Associação de Municípios do Paraná. Na sexta-feira, ele faz dois comícios no Rio: em Bangu e em Nova Iguaçu. No sábado, ele faz comícios em Campinas e em Guarulhos.
Comentários