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Viola de cocho estampa selo
Depois de chamar a atenção de renomados músicos e pesquisadores, ganhar um naipe na Orquestra de Câmara do Estado e ter o seu modo de fazer tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a mato-grossense viola de cocho se espalhará pelo país por meio dos selos postais. Isso graças a uma edição especial dos Correios lançada nesta terça-feira. Com tiragem de mais de um milhão de unidades, o selo não só mostra este ícone da cultura local, como faz referência às manifestações típicas que se utilizam dele.
Instrumento musical singular quanto à forma e sonoridade, a viola de cocho é feita de forma artesanal e com matérias-primas encontradas na região Centro-Oeste, o que a torna exclusiva. Além disso, tem papel importante no desenvolvimento do siriri e do cururu. É, portanto, um aspecto significativo da cultura mato-grossense e, como tal, foi escolhida para compor a série de emissões especiais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
O Selo Emissão Especial Mercosul: Viola de Cocho, cuja arte é assinada por Míriam Guimarães, traz ao centro, em primeiro plano, a viola de cocho. Uma forma de destacar a escultura artesanal feita do tronco de madeira e as cinco cordas, características do instrumento.
À esquerda e à direita são representados, ao som da viola, o siriri e o cururu. A primeira função é dançada especialmente por mulheres e crianças, em roda ou fila, batendo palmas ou levantando as mãos. Já o cururu é executado especialmente por homens, que dançam e cantam em roda. No canto inferior direito o selo traz a logomarca do Mercosul, por tratar-se de uma emissão de tema comum aos países membros do Mercado Comum do Sul.
A escolha do tema do selo respeita alguns critérios exigidos pelas comissões dos Correios, Filatelistas e pelo Ministério das Comunicações. Mas qualquer um pode sugerir as imagens que quer ver nos selos. "Qualquer cidadão pode acessar o site dos correios e deixar a opinião até o dia 1º de julho de cada ano", disse a chefe da Seção de Promoção de Vendas e Filatelia dos Correios, Tânia Maria Macedo Nobre.
Para conquistar seu espaço, a viola de cocho teve que concorrer com pontos culturais do Estado tais como Chapada dos Guimarães e Vila Bela da Santíssima Trindade.
História - O texto histórico, produzido após a escolha, e que apresenta o tema viola de cocho para o restante do país, foi elaborado pelo secretário de Estado de Cultura João Carlos Vicente Ferreira. Nele, o pesquisador e escritor lembra que há mais de dois séculos o instrumento tem um papel importante no cotidiano dos mato-grossenses, tanto nas festas quanto nas manifestações religiosas. Também lembra que sua origem não é bem definida, podendo ser, como acreditam alguns estudiosos, uma derivação direta do alaúde árabe.
A viola recebe o nome por causa de sua forma de confecção, com tronco de madeira inteiriço, escavado de forma artesanal para formar a caixa de ressonância. Exatamente como se costuma fazer um cocho. A caixa então recebe um tampo e as cordas, que eram, originalmente, feitas de tripas de animais - hoje são fios de nylon.
Ferreira cita ainda que este instrumento musical pertence ao Patrimônio Cultural do Estado, por meio da Lei nº. 6.772, de 10/06/1998, da Assembléia Legislativa de Mato Grosso. E que, em decisão proferida na 45ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, realizada em 1º de dezembro de 2004, o Modo de Fazer Viola de Cocho foi inscrito no Livro de Registro dos Saberes, com a devida menção ao complexo musical, coreográfico e poético do siriri e do cururu, em 10 de dezembro de 2004.
Série especial - O selo Viola de Cocho faz parte de um grupo de emissões anual e que em 2006 colocou no mercado outros interessantes trabalhos. Um deles refere-se à Arte Urbana dos Grafiteiros - os selos "Pipa", "Carioca" e "Pão de Açúcar", criados por Akuma, Mello e Rui Amaral. Outro faz referência à Missão Centenário. Criado por Alan Magalhães, trata dos cem anos entre o primeiro vôo de Santos Dumont e a ida do primeiro astronauta brasileiro ao espaço. E há ainda selos relativos a Copa do Mundo da Fifa 2006 (Coord. de Criação e Arte -ECT), a cantora lírica Bidú Sayão, o Dia Mundial da Diversidade Cultural Para o Diálogo e o Desenvolvimento, os 15º Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e uma homenagem aos atletas paraolímpicos.
Instrumento musical singular quanto à forma e sonoridade, a viola de cocho é feita de forma artesanal e com matérias-primas encontradas na região Centro-Oeste, o que a torna exclusiva. Além disso, tem papel importante no desenvolvimento do siriri e do cururu. É, portanto, um aspecto significativo da cultura mato-grossense e, como tal, foi escolhida para compor a série de emissões especiais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
O Selo Emissão Especial Mercosul: Viola de Cocho, cuja arte é assinada por Míriam Guimarães, traz ao centro, em primeiro plano, a viola de cocho. Uma forma de destacar a escultura artesanal feita do tronco de madeira e as cinco cordas, características do instrumento.
À esquerda e à direita são representados, ao som da viola, o siriri e o cururu. A primeira função é dançada especialmente por mulheres e crianças, em roda ou fila, batendo palmas ou levantando as mãos. Já o cururu é executado especialmente por homens, que dançam e cantam em roda. No canto inferior direito o selo traz a logomarca do Mercosul, por tratar-se de uma emissão de tema comum aos países membros do Mercado Comum do Sul.
A escolha do tema do selo respeita alguns critérios exigidos pelas comissões dos Correios, Filatelistas e pelo Ministério das Comunicações. Mas qualquer um pode sugerir as imagens que quer ver nos selos. "Qualquer cidadão pode acessar o site dos correios e deixar a opinião até o dia 1º de julho de cada ano", disse a chefe da Seção de Promoção de Vendas e Filatelia dos Correios, Tânia Maria Macedo Nobre.
Para conquistar seu espaço, a viola de cocho teve que concorrer com pontos culturais do Estado tais como Chapada dos Guimarães e Vila Bela da Santíssima Trindade.
História - O texto histórico, produzido após a escolha, e que apresenta o tema viola de cocho para o restante do país, foi elaborado pelo secretário de Estado de Cultura João Carlos Vicente Ferreira. Nele, o pesquisador e escritor lembra que há mais de dois séculos o instrumento tem um papel importante no cotidiano dos mato-grossenses, tanto nas festas quanto nas manifestações religiosas. Também lembra que sua origem não é bem definida, podendo ser, como acreditam alguns estudiosos, uma derivação direta do alaúde árabe.
A viola recebe o nome por causa de sua forma de confecção, com tronco de madeira inteiriço, escavado de forma artesanal para formar a caixa de ressonância. Exatamente como se costuma fazer um cocho. A caixa então recebe um tampo e as cordas, que eram, originalmente, feitas de tripas de animais - hoje são fios de nylon.
Ferreira cita ainda que este instrumento musical pertence ao Patrimônio Cultural do Estado, por meio da Lei nº. 6.772, de 10/06/1998, da Assembléia Legislativa de Mato Grosso. E que, em decisão proferida na 45ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, realizada em 1º de dezembro de 2004, o Modo de Fazer Viola de Cocho foi inscrito no Livro de Registro dos Saberes, com a devida menção ao complexo musical, coreográfico e poético do siriri e do cururu, em 10 de dezembro de 2004.
Série especial - O selo Viola de Cocho faz parte de um grupo de emissões anual e que em 2006 colocou no mercado outros interessantes trabalhos. Um deles refere-se à Arte Urbana dos Grafiteiros - os selos "Pipa", "Carioca" e "Pão de Açúcar", criados por Akuma, Mello e Rui Amaral. Outro faz referência à Missão Centenário. Criado por Alan Magalhães, trata dos cem anos entre o primeiro vôo de Santos Dumont e a ida do primeiro astronauta brasileiro ao espaço. E há ainda selos relativos a Copa do Mundo da Fifa 2006 (Coord. de Criação e Arte -ECT), a cantora lírica Bidú Sayão, o Dia Mundial da Diversidade Cultural Para o Diálogo e o Desenvolvimento, os 15º Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e uma homenagem aos atletas paraolímpicos.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/281233/visualizar/
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