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Politica Brasil
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 01:59
Por: Valéria Cristina da Silva

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A dois meses do prazo-limite para registro das chapas concorrentes à presidência da seccional mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), os indícios são de que a disputa deve mesmo se polarizar em apenas duas chapas. Uma delas é a do atual presidente, Francisco Faiad. A outra do advogado Paulo Taques, irmão do procurador da República em São Paulo, Pedro Taques. Por enquanto, nenhuma é oficial, mas ambos já declaram intenção de concorrer. Ontem a comissão eleitoral publicou a resolução 001 ditando as regras da disputa. As chapas podem se inscrever até o dia 30 de outubro. A eleição acontece em 17 de novembro.

Para o atual presidente, Francisco Faiad, ser presidente da OAB é o coroamento da profissão. Além disso, como diz ele, é a possibilidade que o advogado tem de colocar em prática sua idéias e ter condições de fazer um trabalho mais abrangente, que atinge a sociedade de forma geral.

O cargo não oferece nenhum remuneração para quem o ocupa. O mandato é de três anos e o presidente administra um orçamento de R$ 3 milhões anuais. Este orçamento é fruto do pagamento da anuidade de R$ 600. Todo advogado necessariamente tem que estar associado à Ordem, mas só os adimplentes têm direito a voto. Hoje, dos 7 mil profissionais de Mato Grosso, 3,5 mil estão adimplentes, ou seja, aptos a votar.

O advogado Paulo Taques, que deve ser o único concorrente de Faiad, frisa que vai se candidatar porque a OAB se distanciou dos advogados nos últimos nove anos (gestão do grupo do atual presidente). "Não se permite mais que o advogado participe do dia-a-dia da Ordem. A OAB não se preocupa mais com os advogados e minha intenção é trazer de volta a OAB aos interesses da classe", argumenta. Taques pondera que as expectativas são boas e que tem sido bem recebido pelos colegas. A chapa dele ainda não está fechada.

Para ser candidato a presidente da OAB o profissional tem que provar cinco anos de inscrição na Ordem e ser atuante. Isto significa que o advogado precisa ter trabalhado em no mínimo cinco ações por ano nos últimos cinco anos.




Fonte: A Gazeta

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