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Politica Brasil
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 23:43

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O presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não conseguiu explicar a manobra feita para conceder tempo aos três senadores acusados de participar da máfia das ambulâncias. Devido ao envio de uma denúncia e não de uma representação ao Conselho de Ética, Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessirenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES), acusados de participar da máfia das ambulâncias, ganharam pelo menos um mês no trâmite de seus processos.

A única explicação dada por Renan foi que os senadores têm o 'direito ao contraditório'. "Nós estamos vivendo em um estado democrático de direito. Todos precisam do direito do contraditório", afirmou.

Hoje, o Conselho de Ética da Câmara abriu o processo contra 67 deputados. No Senado, no entanto, o processo terá que ser enviado para a Mesa Diretora, para depois retornar ao Conselho de Ética, onde será julgado. Segundo o presidente do Conselho na casa, João Alberto (PMDB-MA) essa primeira etapa deve ser finalizada apenas no final de setembro.

Renan, que é do mesmo grupo político de Suassuna, defende-se dizendo que o regimento da Câmara é diferente do regimento do senado. "Aqui é um dos processos mais rápidos. Esse é o processo que mais celeremente tem ido", afirmou Renan.

Questionado sobre uma possível manobra para proteger seus aliados, o presidente da casa desconversou ainda dizendo que demonstrou isenção "não só nesta CPI, mas em todas as comissões". "Até diminuí o prazo de cinco sessões para cinco dias úteis. Eu não tenho compromisso com o erro", disse.

Questionado se estaria sofrendo pressão, Renan respondeu veemente que não. "Não há e não haverá pressão de lado algum. Nós vamos fazer o que tem que ser feito", afirmou.





Fonte: Terra

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