Vedoin aponta participação de outro senador
"No Ministério das Cidades, ele (Cirilo) pediu para nós fazermos os ofícios de liberação das emendas, com a assinatura do parlamentar, e foi até o então ministro Olívio Dutra para tentar o despacho. Não conseguiu a liberação. Mas, no Ministério das Comunicações, na gestão de Eunício Oliveira, ele conseguiu liberar o empenho para a compra de alguns ônibus. Ele dizia que tinha canal direto com o ministro. Só sei que o empenho saiu e nós pagamos um porcentual ao Cirilo. Ele também dizia ter acesso ao BNDES e à Petrobras, mas não citou nomes e nós não fizemos negócio nesses órgãos", disse o empresário.
Sobre a sua relação com os deputados, resumiu: "Era um negócio: toma-lá-dá-cá". Segundo Vedoin, não tinha amizade, não tinha conversa. Em geral, os parlamentares recebiam 10% do valor da emenda apresentada.
Segundo o empresário, o esquema começou com o deputado Lino Rossi (PP-MT) e rapidamente passou para oito e, no fim, uma centena de parlamentares recebia proprina. Ele disse que tinha medo de que tudo pudesse ruir, mas não acreditava nisso. "Imaginávamos que o que a nossa empresa fazia era pequeno diante de tanta coisa que acontece em Brasília. Eu não pensei que ia ser tão problemático".
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