Bush diz que Coréia do Norte é uma ameaça clara

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou hoje que a suposta intenção do regime norte-coreano de realizar um teste nuclear mostra que este país representa uma ameaça clara.

Ao ser perguntado sobre as informações que indicam que Pyongyang poderia estar se preparando para realizar pela primeira vez um teste nuclear, Bush afirmou que são "uma recordação constante, em particular para a região, de que a Coréia do Norte representa uma ameaça".

Bush não quis falar sobre a veracidade ou não das informações, alegando que se trata de um assunto sensível para a comunidade de inteligência.

No entanto, aproveitou a ocasião para convidar os países que participam das negociações multilaterais sobre o desarmamento nuclear da Coréia do Norte a fazerem o possível para convencerem o país a abandonar seus planos nucleares.

"Esperamos que nossos amigos e os que se sentam conosco na mesma mesa atuem de modo que possam ajudar o mundo a livrar-se da ameaça", declarou.

As negociações "de seis lados" para deter os planos nucleares norte-coreanos - que tem a participação da Coréia do Norte, da Coréia do Sul, da China, do Japão, da Rússia e dos EUA - estão paradas desde novembro de 2005 por causa do boicote a Pyongyang.

A Coréia do Norte se nega a voltar a conversar até que Washington interrompa as restrições financeiras aplicadas ao país, enquanto os EUA exigem que Pyongyang volte à mesa de negociação sem condições prévias.

A emissora americana "ABC" divulgou ontem o alerta da eventual intenção da Coréia do Norte de realizar um teste subterrâneo de uma arma nuclear.

A rede de televisão citou declarações de um alto funcionário do Departamento de Estado, ao qual não identificou, no sentido de que Pyongyang estaria preparando este teste em uma instalação no nordeste do país.

Em fevereiro de 2005, a Coréia do Norte reconheceu que tinha armas nucleares e, embora durante alguns meses manteve ao mundo em expectativa com suas manobras para realizar um teste subterrâneo, não o realizou finalmente.

No dia cinco de julho a Coréia do Norte deu um novo susto ao lançar sete mísseis balísticos de teste, um deles com alcance suficiente para atingir um alvo no território dos EUA.