Sigla liga governador a sanguessugas

O PSDB usou ontem o tempo do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV dos seus candidatos a deputado federal para criticar o governador Blairo Maggi (PPS), candidato à reeleição. Os tucanos fizeram críticas diretas à política do chefe do executivo estadual de manter, no seu palanque, os parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias.

"Você sabe onde estão os sanguessugas?", pergunta o locutor do programa do PSDB, antes de anunciar que todos os cinco deputados federais de MT acusados estão no palanque de Blairo Maggi. Para reforçar a tese, o programa tucano mostra as manchetes dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, que destacam "5 deputados sanguessugas apoiam Maggi".

Em seguida, o programa mostra uma entrevista do próprio governador, admitindo o apoio desses parlamentares. E finaliza dizendo que no palanque do PSDB não tem mensaleiro e nem sanguessuga. Entretanto, os cinco candidatos a deputado federal do partido, que apareceram no programa, não deram muita importância ao fato.

O pastor Sérgio, por exemplo, fez um discurso moralista, prometendo lutar contra a legalização do aborto e da prostituição, do casamento entre homossexuais. E assegurou: "Não vou deixar Sodoma e Gomorra vigorar no Brasil".

Mas os candidatos de outros partidos bateram duro contra os atuais deputados acusados de participarem do esquema da máfia das ambulâncias. As críticas mais contundentes foram feitas por Hélio Silva (PPS), que defendeu o seu papa-corrupto, por Hélio Brandão Filho (Psol), e até pelo folclórico Lúcio Mandioca (PRP), que promete trazer água de Chapada dos Guimarães, por gravidade, para abastecer Cuiabá.

O programa eleitoral dos deputados federais marcou também a aparição, pela primeira vez, do ex-governador Carlos Bezerra (PMDB), postulando a vaga da sua esposa, deputada Téte Bezerra. Ele prometeu lutar pelo saneamento básico, especialmente na melhoria da qualidade da água e rede de esgoto. Já o PDT apresentou o folclórico João Vaz, que, desta vez, falou já no primeiro programa para pedir votos. Nas eleições de 2002, ele permaneceu mudo durante todo o horário eleitoral.