Cristovam Buarque diz que acompanha partido e apóia Maggi por “razões políticas”

O candidato do PDT à Presidência da República, senador Cristovam Buarque (DF), afirmou nesta quinta-feira em Cuiabá que espera contar com o apoio do governador Blairo Maggi (PPS) em um projeto político alternativo para o País caso não consiga chegar ao Palácio do Planalto.

Buarque disse que apóia a candidatura à reeleição de Maggi, apesar da amizade com o PSDB de Mato Grosso, dirigido pelo colega senador Antero Paes de Barros, também postulante ao governo do Estado. “Por razões políticas, estou apoiando Blairo, como os pedetistas do Estado”. O presidenciável foi recepcionado no aeroporto pelo tucano e almoçou com o pepessista.

Na avaliação do ex-ministro da Educação no governo Lula, o PPS é uma agremiação que poderia compor uma “terceira via”. “Respeito muito o PPS. Atualmente, a maioria dos partidos é de direita e o PT está acomodado, portanto, teremos de coordenar uma alternativa para o Brasil se eu não ganhar as eleições”, argumentou, acrescentando que está confiante que o PDT vai cumprir a cláusula de barreira, pela qual só terão representatividade em 2007 as legendas que conquistarem 5% dos votos nacional e 2% em nove Estados.

“Não percebo diferenças entre PSDB e PT. São os dois principais partidos, mas tão parecidos, com os mesmos planos de governo e estratégias. É uma mesma visão baseada na indústria mecânica de São Paulo dos anos 50”, criticou.

Nas últimas pesquisas eleitorais, Buarque tem registrado 1% das intenções de voto. “Ainda é cedo para falar em segundo turno. O partido vai se reunir para ver o que fazer”, informou, ao ser questionado sobre quem apoiaria num eventual segundo turno.

Devido à verticalização, o lançamento da candidatura de Buarque complicou os acertos em nível regional. Os pedetistas de Mato Grosso pretendiam se unir formalmente ao PPS, que acabou preferindo repetir a aliança com o PFL. “Não tenho como avaliar a realidade regional, pois são 27 Estados”, desconversou.