Conselho de Ética recua e diz que "pizza não existe"

Após sinalizar ontem que as investigações contra os três senadores acusados de participar da máfia das ambulâncias terminariam "em pizza", o presidente do Conselho de Ética da casa, João Alberto (PMDB-MA), recuou nesta quinta-feira. Dizendo ter sido mal interpretado, o senador afirmou que a tendência é indicar os relatores para os três casos. "Estou imune a pressão. Não aceito pressão. Esse negócio de pizza não existe", resumiu.

Ontem, João Alberto afirmou que apenas o depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin não valeria como prova contra ninguém. O presidente é aliado político de Ney Suassuna (PMDB-PB), que junto com Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) , foi acusado pela CPI dos Sanguessugas de ter ligação com o esquema. "Se o líder errou, não é líder. Tem que ser julgado como todos os outros", disse.

João Alberto já notificou os senadores. O presidente do Conselho tem até terça-feira da semana que vem para decidir se arquiva os processos ou dá continuidade as investigações. Caso decida pelo arquivamento, os membros do Conselho de Ética ainda podem recorrer da decisão.