Alckmin fala de redução de juros para banqueiros

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, se reuniu com integrantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na tarde de terça-feira. No mesmo dia, durante o programa eleitoral, ele disse que não ajudará "banqueiro a ficar mais rico com os mais altos juros do mundo".

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o encontro contou com 60 participantes e não foi divulgado pelas assessorias do candidato e da Federação. O candidato disse também que vai gerar empregos no Nordeste, ao invés de conceder assistência por programas como o Bolsa Família.

Alckmin foi o primeiro presidenciável a apresentar suas propostas de governo em uma rodada de debates organizada pela Febraban. O tucano expôs as metas de governo, destacando o ajuste fiscal como prioridade dentro de um quadro de reformas política, tributária e previdenciária. O banqueiro do Bradesco Márcio Cypriano gostou do que ouviu: "música para nossos ouvidos". Quanto à crise de segurança pela qual passa o Estado, o tucano disse que se deve à morosidade da Justiça em autorizar a aplicação de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) para presos perigosos. Apresentou dados sobre saúde e educação em São Paulo e disse que duvida de mudanças no sistema que fixa número mínimo e teto de deputados eleitos por Estados.

Após a reunião com os banqueiros, Alckmin tentou seguir para reunião com sindicalistas, local onde repetiria as mesmas palavras do primeiro encontro. Ele afirmou que pretende não recorrer ao que chamou de promessas fáceis, como o programa Bolsa Família, para conquistar votos. No nordeste, seu discurso será o do emprego. No entanto, devido à greve dos metroviários em São Paulo, o candidato não conseguiu chegar a tempo na reunião, o que acabou frustrando sindicalistas e o candidato ao governo paulista, José Serra, que o acompanharia.