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Politica Brasil
Quinta - 17 de Agosto de 2006 às 00:56
Por: O presidente do Conselho de Ét

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O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), mandou notificar ontem os três senadores denunciados pela CPMI dos Sanguessugas: a mato-grossense Serys Marly (PT), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Magno Malta (PL-ES). Eles têm três dias úteis para apresentarem suas defesas.

João Alberto Souza pretende anunciar no próximo dia 24 se o Conselho vai ou não abrir um processo contra cada um dos senadores, o que poderá resultar na cassação deles. O presidente do Conselho ainda vai nomear um relator para cada caso. Eles serão responsáveis pela análise da defesa e pelo parecer opinando pelo arquivamento ou sequência do processo.

A senadora Serys Marly, candidata a governadora, por telefone, disse ontem à tarde que ainda não havia sido notificada, que não estava em Brasília e que nem sabia quando vai estar lá. Os três dias úteis para apresentação da defesa só começam a contar a partir da notificação.

O senador João Souza frisou que os três senadores apontados como envolvidos no esquema de fraude para compra de ambulâncias superfaturadas com recursos do orçamento da União o procuraram dizendo ter pressa em ver tudo resolvido.

Serys confirmou ter pressa, mas ela precisa estar em Brasília para ser notificada. O nome de Serys não foi citado como beneficiária direta do esquema sanguessuga no depoimento dos empresários que comandavam o esquema. A ligação à petista foi feito por meio de seu genro, Paulo Roberto Ribeiro, para o qual um dos donos da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, diz ter pago R$ 74 mil em propina. Seriam R$ 35 mil em dinheiro e R$ 40 mil em cheque.

Conforme o depoimento de Vedoin, o genro de Serys teria dito que o dinheiro era para pagar dívidas de campanha da senadora. Além disso, teria garantido ainda que Serys apresentaria emendas para compra de ambulâncias que poderiam beneficiar o esquema da Planam. A senadora sempre negou as acusações e frisou ter sido exposta a um tribunal de exceção, pois não teve direito à defesa.





Fonte: A Gazeta

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