Riva e Muniz trocam acusações

O primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), acusou ontem, da tribuna, a secretária estadual de Educação, Ana Carla Muniz, de estar usando a estrutura da pasta para ajudar a candidatura do seu marido, Percival Muniz (PPS), a deputado estadual. "O governador Blairo Maggi (PPS), candidato à reeleição, precisa tomar uma providência", defendeu, assinalando que Muniz está "comprando voto".

José Riva disse que o ex-prefeito de Rondonópolis, que é presidente do PPS, está denegrindo a imagem da Assembléia como se apenas ele fosse uma pessoa correta. "Não vou aceitar isso", avisou. O parlamentar progressista afirmou ainda que, por não ter voto na sua base eleitoral, onde "leva uma surra do Zé do Pátio e do Barreto", está invadindo a sua região, como Juara e Tabaporã.

"Ele está entrando lá comprando voto", acusou.

"Isso não é verdade", rebateu Muniz. Ele afirmou que José Riva não tem moral para criticá-lo. "Antes de falar de alguém, ele precisa mandar destravar os processos contra ele no Tribunal de Justiça", enfatizou, observando que o parlamentar está usando a Assembléia para impedir que seja julgado pelo TJ.

José Riva afirmou que a sua vida é um livro aberto e que já foi e continua sendo investigado. "Não tenho nada a esconder", ressaltou, salientando que Percival Muniz assumiu a Prefeitura de Rondonópolis e de "chinelo e comprou uma fazendo no Araguaia". "Fez o asfalto mais caro do país", acusou. "Acho que tinha até diamante".

"Comprei a fazenda no Araguaia, aliás, no Xingu, depois de vender duas que tinha na região de Rondonópolis", rebateu o ex-prefeito. "Está tudo na minha declaração de renda". Sem querer polemizar, Percival Muniz disse que o eleitor é que irá julgar quem tem razão nas urnas.

Durante o seu discurso, José Riva recebeu manifestação de solidariedade dos deputados Dilceu Dal Bosco (PFL), Pedro Satélite (PPS), Eliene Lima (PP), Sérgio Ricardo (PPS) e Zeca D"Ávila (PFL).