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Politica Brasil
Quarta - 16 de Agosto de 2006 às 15:07

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José Serra, favorito nas pesquisas para o governo de São Paulo, afirmou nesta quarta-feira que substituirá, se eleito, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, pivô da disputa política entre os governos paulista e federal em torno da violência no Estado.

O ex-prefeito da capital afirmou em entrevista à TV Globo que houve avanços no combate à criminalidade sob o comando de Abreu Filho, no cargo desde 2002, mas admitiu que no mesmo período o crime organizado se fortaleceu.

"Qual vai ser minha equipe eu vou ver depois. E vai ser uma nova equipe em todas as áreas", afirmou Serra ao responder sobre a intenção de manter o secretário se for eleito.

"Houve avanços na segurança... e novos problemas apareceram. É sempre assim, quando você resolve um problema, aparece outro. Superpopulação carcerária, desenvolvimento do crime organizado nas prisões. É isso que nós temos que enfrentar agora", declarou. São Paulo viveu na semana passada a terceira onda de violência em menos de três meses, o que levou Abreu Filho, um aliado do ex-governador e candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a desafiar o governo federal a desembolsar verbas anunciadas para o Estado.

Perguntado sobre os maus resultados da educação do Estado em avaliações nacionais, Serra apontou como causa o grande fluxo de migrantes para São Paulo.

"Diferentemente dos estados do Sul, que são os que têm melhor situação, São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando. Este é um problema", disse.

ELEIÇÃO NA TV O candidato do PSDB tratou a segurança no primeiro programa eleitoral da TV como uma de suas prioridades, mas evitou citar os números que vêm sendo usados na campanha de Alckmin.

Serra evitou o confronto com o governo federal sobre as verbas para o combate à violência em São Paulo, acrescentando que quer governar "acima dos interesses partidários".

Já o candidato petista ao governo do Estado, senador Aloizio Mercadante, atacou o PSDB pelo "caos da segurança" em São Paulo.

"Os atentados do PCC (Primeiro Comando da Capital) são fruto da falta de autoridade, da omissão e incompetência de 12 anos de governo do PSDB", disse.

No programa do senador, que está sem segundo lugar nas pesquisas, muito atrás de Serra, repetiram-se as imagens e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor do candidato petista, que foi líder do governo no Senado. Já Alckmin não aparece nem é mencionado no programa de Serra.

Em pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgada nesta quarta-feira, Alckmin caiu 7,3 pontos nas intenções de voto na cidade de São Paulo e soma agora 39,6 por cento. Lula aparece com 31,6 por cento, após uma alta de 4,5 pontos percentuais em relação à sondagem anterior, feita em julho. A candidata do PSOL, Heloísa Helena, subiu de 8,5 por cento para 12,5 por cento. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.





Fonte: Terra

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