MPF pede bloqueio de bens de suposto "sanguessuga"

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o bloqueio dos bens e a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do candidato a deputado federal pelo PT do Ceará, José Airton Cirilo, apontado como integrante da máfia dos sanguessugas. A medida visa a buscar elementos para a abertura de eventual ação de improbidade administrativa, segundo o procurador Alessander Sales.

De acordo com O Estado de S. Paulo, a medida também atinge outros acusados de envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias: o deputado federal e candidato à reeleição Almeida de Jesus (PL); o prefeito de Barbalha, Rommel Feijó (PTB); e o ex-assessor parlamentar Raimundo Lacerda Filho, que trabalhava no gabinete do senador Luiz Pontes (PSDB-CE) e é sobrinho de Cirilo. As solicitações do MPF, no entanto, precisarão ser apreciadas pela Justiça Federal.

Almeida de Jesus e Rommel Feijó são acusados de receber propina em troca da apresentação de emendas para compra de ambulâncias. Cirilo, segundo depoimento de Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam (empresa que encabeçava o esquema), intermediou a liberação de dinheiro junto ao Ministério da Saúde. Lacerda Filho seria seu representante.