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Politica Brasil
Quarta - 16 de Agosto de 2006 às 01:28
Por: Téo Menezes

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O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a cassação do prefeito Júlio César Ladeia (PL), de Tangará da Serra (240 km a Noroeste de Cuiabá). Ele é um dos três acusados de improbidade administrativa e pode perder os direitos políticos por oito anos. Caso seja cassado, uma nova eleição terá que ser realizada no município, palco de sucessivos escândalos.

Júlio César e outros dois acusados teriam desviados 20 mil litros de combustíveis cedidos pelo governo do Estado para restauração da MT-170. Também foram denunciados o vereador e secretário municipal de Infra-estrutura, Paulo Porfírio, e o ex-secretário Cláudio Rolim de Quadros.

De acordo com a denúncia do promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho, o prefeito concedeu conscientemente o combustível à Construtora e Terraplanagem Porfirão LTDA, de propriedade do vereador e secretário. O pedido de cassação foi feito dia 10 e será julgado na comarca local. Ainda não há prazo para o julgamento.

"Apurou-se, no curso das investigações, que o requerido Júlio César Ladeia, em convergência de vontades e desígnios com o requerido Paulo Porfírio, autorizou a terceirização dos serviços e contratação de pessoal e maquinário para execução das obras", relata o promotor. A denúncia do MPE decorre da representação feita pelo vereador Celso Ferreira de Souza (PFL), que tentou, sem êxito, investigar a alienação do combustível. Uma Comissão Processante foi engavetada pelos parlamentares da base ligada ao Executivo, apesar da suspeita de que o combustível deveria ser vendido para quitar dívidas.

Além de ressarcir o combustível, o promotor pede o afastamento liminar de Porfírio e a indisponibilidade dos bens dos envolvidos. A Associação de Moradores da Gleba Triângulo e a A. C. Carpenedo e Cia LTDA também podem ser condenadas a pagar multa de R$ 38,2 mil e R$ 14,2 mil.




Fonte: A Gazeta

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