Mercadante afirma que Alckmin precisa explicar erros na segurança pública
Mercadante defendeu a criação de uma força tarefa com participação das forças armadas para combater o crime organizado no Estado.
"Eu acho que o que ele (Alckmin) precisaria explicar é porque que eles acumularam tantos erros em São Paulo para deixar a situação chegar onde chegou. No início, quando este PCC (Primeiro Comando da Capital) apareceu, as autoridades do Estado disseram que era invenção da imprensa, que era uma obra de ficção. Depois de alguns anos, disseram que eles tinham sido derrotados, e eles foram crescendo, tomando conta dos presídios e acumulando força", disse.
Mercadante participou hoje em São Paulo de um almoço na ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil) e inaugurou o fórum de debates da associação com candidatos que disputam esta eleição.
Para uma platéia de cerca de 200 pessoas, a única pergunta que conseguiu um silêncio unânime entre os participantes foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vigilância, José Jacobson Neto, e o tema foi qual a análise do candidato sobre o problema e suas propostas para a crise de segurança pública.
"Eu acho que foi o colapso total da política de segurança pública. A falta de investimento na inteligência policial, na valorização da polícia, na capacidade operacional de gestão sistema policial de São Paulo", afirmou.
Segundo Mercadante, o primeiro ataque do PCC foi associado à remoção de 725 presos. "Foi exatamente quando eles foram removidos que houve o ataque em maio. O segundo ataque, o próprio governo disse que era decorrente de ação da Polícia Civil, que tinha prendido um importante criminoso no ABC. Depois tentaram mudar a versão, mas foi o que eles disseram. E esta terceira onda, todas as informações demonstram, e inclusive eu recebi uma carta de um agente penitenciário falando que o ataque iria ser antecipado porque eles estavam pressionando a liberação dos presos.
O candidato afirmou também que é favorável à atuação das forças armadas nas ações de combate ao PCC em São Paulo. "Nós precisamos é enfrentá-los constituindo uma força nacional, investir na inteligência policial e combatendo de forma implacável", disse. Segundo Mercadante, além da participação do Exército, ele afirma que esta força-tarefa deve contar também com instituições como a Polícia Federal e o Banco Central para combater o esquema de financiamento do crime organizado.
Mercadante citou como exemplos de combate ao crime organizado as políticas adotadas em grandes cidades que enfrentaram problemas na área de segurança pública recentemente, como Bogotá e Medelin, na Colômbia, Nova York nos Estados Unidos e Johannesburgo, na África do Sul.
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