Sema apreende mais de 5 toneladas de pescado
A Superintendência de Ações Descentralizadas – que é o setor responsável pela fiscalização da Sema - recebeu reforço na estrutura física e de pessoal para combater com mais intensidade a pesca predatória no Estado. Foram adquiridos barcos de alumínio, motores e caminhonetes para dar suporte aos fiscais. Além disso, boa parte dos 150 agentes ambientais contratados pela secretaria em 2005, foi destinada à fiscalização de combate à pesca.
O resultado do investimento se verificou nos números. Também foram apreendidos vários apetrechos utilizados na pesca predatória, entre eles 242 redes de malha, 88 tarrafas, 718 anzóis de galho e 416 espinhéis.
De posse de um levantamento feito pelo serviço de inteligência da Sema, apontando os pontos mais visados para a pesca predatória, a coordenadoria de fiscalização da pesca montou sua estratégia de trabalho. No pantanal, por exemplo, foram montadas bases de observação e pontos móveis de fiscalização.
De acordo com o coordenador de fiscalização da Sema, Marcelo Cardoso, hoje a área vigiada pela Sema é extensa e cobre quase todo o território mato-grossense. “Muita gente imagina que com o fim da Piracema (período de proibição da pesca para garantir a reprodução dos peixes), a pesca pode ser feita à vontade. A pesca realmente fica liberada, mas existem critérios a serem respeitados como o tamanho mínimo para a captura dos peixes e a exigência da carteira de pescador amador ou profissional” explica Marcelo.
O coordenador ressalta ainda que o objetivo do órgão ambiental ao fortalecer a fiscalização, é não só garantir a proteção de espécies ameaçadas de extinção, como proteger o meio ambiente. “Queremos garantir que a futura geração também tenha peixes disponíveis nos rios para pescar e comer” disse Marcelo Cardoso.
Nos próximos dias a coordenadoria de fauna e recursos pesqueiros da Sema pretende lançar uma campanha educativa para mostrar à população que existem nos rios de Mato Grosso espécies ainda pouco procuradas como o curimbatá e o peixe cachorro. “Hoje as pessoas só procuram peixes considerados nobres como pintado e pacu, mas existem outras opções para pratos deliciosos” argumenta a bióloga Edlaine Theodoro responsável pela coordenadoria. A meta neste caso é diversificar a pesca e garantir a preservação de espécies nobres que estão ameaçadas de extinção.
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