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Politica Brasil
Sexta - 11 de Agosto de 2006 às 07:40

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O genro da senadora Serys Marly (PT), empresário Paulo Roberto Ribeiro, confirmou ontem, em depoimento ao delegado da Polícia Federal, Tardelli Boaventura, que recebeu um cheque da Planan, sem especificar o valor, como pagamento de material hospitalar entregue pela empresa São Benedito, de sua propriedade. A transação comercial, segundo ele, teria acontecido em 2002.

O seu depoimento à PF, a pedido do corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PFL-SP), contradiz a senadora petista que, em entrevista para A Gazeta, assegurou que o cheque, no valor de R$ 40 mil, não existia como havia revelado o empresário Luiz Antonio Vedoin.

"Já reviramos as contas e o cheque não existe", garantiu a senadora. A confissão de Paulo Roberto em relação ao cheque de Vedoin não apresentou consistência para dar veracidade a sua história, que só agora está revelando. Ele afirmou que o pagamento da Planan era referente à venda de material hospitalar - não especificou que material - e que teria nota fiscal da transação.

Mas não apresentou nenhum documento à Polícia Federal. "Vou procurar a nota para ver se a encontro", justificou. Ao delegado Tardelli, Paulo Roberto Ribeiro assegurou que não recebeu nenhuma quantia em espécie de Luiz Vedoin. "É mentira", afirmou o advogado Paulo Zamar Taques, ao final do depoimento.

Paulo Taques afirmou que o empresário "mentiu" ao denunciar que fez pagamento em espécie para Paulo Roberto, que evitou dar entrevista à imprensa. "Ele nunca recebeu em espécie", destacou. O advogado não quis revelar o teor do depoimento, alegando que caberia o delegado Tardelli Boaventura ou o senador Romeu Tuma fazê-lo.

"O delegado ou o senador Tuma é que irão decidir se tornarão público ou não o depoimento", informou. Paulo Taques disse apenas que o seu cliente detalhou ao delegado da PF a transação comercial que teria feito com a Planan, como valor, o material entregue e sobre a nota fiscal da operação.

O advogado revelou que o valor da transação comercial entre o genro de Serys Marly e a Planan não é de R$ 40 mil, como acusa Luiz Vedoin. "O valor não é esse", ressaltou, sem, contudo, revelar o montante especificado no cheque que foi depositado na conta da empresa São Benedito.

Paulo Taques justificou o fato de Paulo Roberto Ribeiro ter ficado, até o momento, calado sobre a acusação de ter recebido propina da Planan, em troca da apresentação, pela senadora, de uma emenda de R$ 700 mil para compra de ambulâncias. "O meu cliente só se manifesta após ser notificado e, como recebi um fax, no meu escritório, do Senado, ele está se manifestando agora", explicou.

O genro de Serys Marly, de acordo com o advogado, fez apenas uma transação comercial com a Planan, em 2002, e que, depois disso, não teve mais nenhum contato com a empresa. Para provar a sua inocência, Paulo Roberto Ribeiro colocou a disposição da Corregedoria do Senado o seu sigilo bancário, da sua esposa Larissa Ribeiro e da sua empresa São Benedito. "Ele não tem nada a esconder", garantiu.





Fonte: Gazeta Digital

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