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Politica Brasil
Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 23:00

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Após a aprovação do relatório parcial da CPI dos Sanguessugas e a divulgação da lista dos 72 (69 deputados e três senadores) acusados de envolvimento no esquema de venda irregular de ambulância com recursos públicos, alguns parlamentares listados se disseram injustiçados e inconformados com o tratamento dispensado a eles, considerando "prejulgamento" a exposição de seus nomes feita pela CPI.

O senador Magno Malta (PL-ES) fez sua defesa em plenário, reafirmando ser inocente das acusações. Em seu pronunciamento nesta quinta-feira, 10, Malta disse que não se encontra em nenhum dos três critérios adotados no relatório parcial e acrescentou que pretende processar criminalmente o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).

A senadora Serys Marli (PT-MT) afirmou, também em plenário, que o relator da CPI, senador Amir Lando, teria admitido que não leu o relatório de defesa entregue por ela à comissão e também à Corregedoria Parlamentar do Senado. "Nunca me verguei para a bandidagem e nunca me vergarei", afirmou Serys, que classificou a CPI como "tribunal de exceção". Ela acrescentou que o relatório parcial "é uma condenação política e uma tentativa de linchamento sumário".

O deputado João Correia (PMDB-AC), disse que a comissão foi "covarde" e que não existe prova contra ele nem contra ninguém de seu gabinete. "Exceto a opinião de um bandido canalha", afirmou, referindo-se ao empresário Luiz Antônio Vedoin. "É uma pena que o Conselho de Ética não tenha poder de convocar esse bandido, para que eu o desmascare", lamentou. "A minha defesa eu já preparei nos meus pronunciamentos, mas nunca foi levada em conta", criticou . Prejulgamento O deputado Wellington Roberto (PL-PB) também negou as acusações feitas contra ele no relatório da CPI. Segundo o relatório, há fortes indícios ou provas "contundentes" de envolvimento do parlamentar com a "máfia das ambulâncias". "Eu acho um absurdo a atitude da Comissão e do próprio relator de expor nomes de parlamentares fazendo um prejulgamento antes de haver o contraditório", reagiu. O deputado Dr. Benedito Dias (PP-AP) lembrou que não foi ouvido pelo relator da comissão e ressaltou que vai apresentar provas de defesa no Conselho de Ética. "Vou me defender, e o povo, no dia 1º de outubro, vai me julgar". Benedito Dias informou que o empresário Luiz Antônio Vedoin fez contribuição de R$ 40 mil à sua campanha em 2002, conforme declarou em sua defesa à CPMI. O deputado disse que a contribuição não foi declarada, mas não considera que essa conduta configure quebra de decoro parlamentar. Ele ressaltou que nunca aceitou comissão de Vedoin nem formulou emenda ou licitação direcionada. Ele disse que, em 2002, apresentou emendas para a compra de ambulâncias em seu Estado e quem venceu a licitação foi a empresa de Vedoin. O deputado Almeida de Jesus (PL-CE), outro acusado, disse que se defenderá por meio de seu advogado, que ainda avalia o caso. "Nós vamos cuidar da defesa sem alarde", disse.





Fonte: 24HorasNews

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