Relator não tem certeza de envolvimento de parlamentares

Apesar de ter recomendado ao Conselho de Ética a abertura de processo contra 72 parlamentares, o relator da CPI das Sanguessugas, Amir Lando (PMDB-RO), afirmou não ter certeza do envolvimento de todos com o esquema da máfia das ambulâncias. Para ele, não há provas suficientes para pedir a cassação de todos os nomes. "Daqui para frente sai da minha órbita de responsabilidade", afirmou.

Lando alega, no entanto, que o fórum adequado para o julgamento é o Conselho e que os parlamentares devem apresentar suas defesas lá. "O direito do contraditório é no Conselho de Ética. Cada caso é um caso, e não tínhamos condições de ouvir um a um", disse.

O senador leu nesta quinta-feira o relatório parcial da Comissão. Dos 90 parlamentares investigados, ele isentou de culpa apenas 18 e pediu a abertura de processo contra outros 72, contra os quais há provas concretas, documentos e/ou provas testemunhais.

Lando, que concorre ao governo de Rondônia, admitiu ainda que a CPI terá uma atuação menos intensa daqui para frente. A intenção é que as investigações continuem no Executivo. O prazo para o término dos trabalhos é 22 de dezembro.