PT já deflagra disputa pelo controle partidário; CNB banca Sampaio

O dirigente deve ser mantido no cargo porque tem seguido à risca as políticas definidas por quadros como o deputado estadual Alexandre César, o secretário estadual da Educação Ságuas Moraes e Carlos Abicalil, que detém o controle da máquina partidária no Estado. Além disso, sob o comando de Sampaio, o PT conseguiu, ao mesmo tempo em que voltou a ser protagonista da disputa eleitoral em Cuiabá, se livrar de “figuras indesejáveis” como a ex-senadora Serys Marli.

Na Capital, depois de entrar na disputa pela prefeitura com apenas 1 dígito nas pesquisas, o PT, representado pelo ex-vereador Lúdio Cabral, levou as eleições para o 2º turno. Embora derrotado pelo atual prefeito Mauro Mendes (PSB), o partido obteve 45,35% dos votos e consolidou Lúdio como liderança política no Estado com grandes chances de ampliar a bancada na Assembleia Legislativa.

Em relação a Serys e os integrantes da corrente Articulação de Esquerda, o rompimento às vésperas do 2º turno das eleições municipais foi o resultado do conflito iniciado ainda em 2010. Na época, ela foi impedida de concorrer à reeleição ao Senado para ceder vaga na chapa majoritária a Abicalil.

Com a divisão interna, Abicalil acabou derrotado na disputa pela vaga de senador. Serys, que concorreu à deputada federal, também não obteve êxito nas urnas. Depois de “lavar a roupa suja” durante quase 2 anos, a ex-senadora optou pela saída e a decisão foi comemorada pela cúpula petista.

Agora, o alvo da CNB é o deputado estadual Ademir Brunetto que não tem poupado críticas ao governo Silval Barbosa (PMDB). No Encontro Estadual, a direção vai tentar enquadrá-lo ou forçar a saída para acabar com os constrangimentos criados à aliança PT/PMDB.
Na semana passada, Alexandre César, líder do partido na Assembleia Legislativa, reforçou o apoio da sigla petista ao governo estadual e destacou que o PMDB é o principal aliado do PT em nível nacional. O petista aproveitou para ler artigos do estatuto da legenda que trata sobre a atuação das bancadas parlamentares que estão subordinadas às deliberações das instâncias partidárias.

Segundo o líder, o PT não aceitará mais práticas que prejudiquem a sigla, a exemplo do que já ocorreu com ex-correligionários após a sofrer punições acabaram deixando a legenda. “O parlamentar tem direito a críticas, mas existe uma posição partidária que precisa ser respeitada. O partido faz parte da gestão estadual e tem contribuído de forma extraordinária com o desenvolvimento do Estado. As críticas não podem ultrapassar os aspectos da crítica construtiva, sem ofensa e sem marcação de posição. Ele (Ademir Brunetto) alegar que o governo está desgastado e o apoio a Silval Barbosa irá prejudicar a reeleição da nossa presidenta Dilma Roussef é uma postura que não corresponde com a do partido que governa o país”, afirmou.

Para encerrar, Alexandre César destacou que o governador Silval Barbosa (PMDB) não poderá disputar a reeleição e portanto não representa nenhum impedimento para que a sigla petista indique um nome para a disputa ao governo do Estado. A possibilidade de uma candidatura própria para a disputa ao Palácio Paiaguás será um dos temas abordado no Encontro Estadual de Lideranças

33 anos

A programação também inclui o “jantar dançante”, em comemoração aos 33 anos de fundação do PT e 10 anos no poder. Os petistas chegaram ao Palácio do Planalto com o ex-presidente Lula em 2003 e o comando do país teve continuidade com a eleição de Dilma Rousseff em 2010.