CPI dos sanguessugas deve propor processo contra 73 parlamentares
A CPI chegou ao texto do relatório após intensas negociações ocorridas ao longo do dia de ontem entre a direção da comissão, o relator, Amir Lando, sub-relatores e membros da CPI. É que Lando insistia em que a situação de 31 parlamentares deveria ser discutida caso a caso para definir se eles ficariam no grupo dos passíveis de cassação de mandato ou se seriam necessárias novas investigações sobre seu envolvimento com o esquema sanguessuga.
No relatório, Amir Lando não vai propor a cassação do mandato do parlamentar envolvido com a máfia dos sanguessugas. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), membro da CPI, esclareceu que a comissão não pode propor a conclusão de um processo, mas apenas propor à respectiva Mesa o início do processo por quebra de decoro que poderá resultar em cassação.
Os critérios fixados pela cúpula da CPI para que o nome do parlamentar seja remetido à Mesa da Câmara e do Senado são: utilização das prerrogativas do mandato para apresentação de emendas para ter ganhos financeiros ou vantagens indevidas; permissão, por ação ou omissão, para servidores do gabinete terem benefícios financeiros e outras vantagens indevidas com o esquema, especificamente com a Planam; e, por último, o uso de funcionários do gabinete ou de terceiros para receber dinheiro.
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