Senadora reclama que não tem acesso a depoimentos

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) rechaçou ontem as acusações do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin envolvendo um sobrinho e o genro dela, que teriam agido a pedido da senadora no esquema da máfia das ambulâncias. "Só eu não tenho acesso a esses depoimentos", protestou. "É simples. Ele (Vedoin) fala que deu dinheiro, que deu cheque. Se ele deu cheque, é a polícia que tem de ir atrás. Vão atrás, mas me deixem em paz."

Para Serys, as acusações do empresário têm ganho credibilidade exagerada. "Não sei por que palavra de delator vale tanto e a da gente, documentada, não tem valor nenhum", reclamou a senadora do PT do Mato Grosso, que afirma ter feito a defesa em relatório.

"Tudo isso me deixa profundamente magoada. Não posso acreditar que a mentira vai imperar; ele (Vedoin) é maluco. No meu caso, acho que já não tenho mais o que fazer (para se defender)", disse.

"Queria saber o nome desse meu sobrinho", reclamou. Serys disse ter um sobrinho que é juiz, outro que é promotor e outro que trabalha com informática no Paraná. "Os outros são todos pequenos", afirmou, dizendo não ver nexo na acusação.

Sobre o genro, a senadora do PT disse que, se houve relação entre ele e o empresário, "o problema é deles". "Mas ele nunca teve nada com meu genro, que nunca coordenou campanha minha."