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Politica Brasil
Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 07:08

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A candidata do PT ao governo do Estado, senadora Serys Marly, foi alertada, há cerca de um ano, de que o seu genro Paulo Roberto estaria usando indevidamente o seu nome. Ela, no entanto, segundo um membro do partido, não tomou nenhuma providência. "Não chega o fogo de inimigo. Agora, tem fogo amigo?", perguntou a senadora petista, ao ser indagado ontem por A Gazeta, por telefone, sobre o assunto.

Ela não quis se aprofundar na questão, solicitando apenas para dar destaque à frase. "Não esqueça de colocá-la e dizer que foi a resposta que dei quando você me perguntou sobre o assunto". Serys Marly disse que a acusação do seu envolvimento com a máfia das ambulâncias tem um único objetivo: evitar que conquiste o governo do Estado. "O povo vai decidir se quer uma mulher, professora, administrando Mato Grosso".

A senadora afirmou que a receptividade a sua candidatura está acima da expectativa, deixando-a otimista. "Eu saí da feira do Tijucal, no último sábado, amassada devido tantos abraços que recebi". Ela observou que não recebeu nenhuma manifestação hostil nas suas andanças pelo Estado e em Cuiabá.

"Estive fazendo arrastões em Rondonópolis e em Jaciara, além das feiras do Tijucal, do CPA e do Parque Cuiabá, e só recebi incentivo para disputar a eleição", destacou. Serys admitiu que na reunião da executiva regional do PT, na terça-feira passada, convocada pela corrente Articulação, houve manifestação de preocupação com o desgaste que a vinculação do seu nome com o esquema sanguessuga poderia estar prejudicando o partido.

Para ela, no entanto, o efeito tem sido contrário, uma vez que vem recebendo manifestação de solidariedade. "As pessoas me dizem que estão fazendo isso comigo, porque sou mulher", assinalou. "A situação está complicada", avaliou, por sua vez, um integrante do diretório do PT.

Serys também concordou que a vinculação do seu nome com a máfia das ambulâncias está fazendo com que dedique uma boa parte do seu tempo para preparar a defesa. Esse fato, na avaliação de membros da executiva, está começando a prejudicar os candidatos proporcionais, já que fica muito tempo em Brasília. "Os parlamentares do PT, por decisão do nacional, independente se são ou não candidatos ao governo, precisam estar em Brasília na quarta e quintas-feiras".




Fonte: A Gazeta

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