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Politica Brasil
Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 07:06
Por: Valéria Cristina da Silva

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Chega perto de R$ 3 milhões o valor pago pela Planam a título de "comissão" ao deputado Lino Rossi (PP) no esquema de fraude das ambulâncias com utilização de emendas do orçamento da União. Esse montante é a soma de tudo que a Planam repassou ao parlamentar em forma de cheques, depósitos, transferências para terceiros, resgate de cheques em factorings e até quitação de dívidas. Tudo está documentado no processo da Justiça Federal que o juiz da 2ª Vara, Jefferson Schneider, decidiu tornar público ontem.

O material inclui os depoimentos de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, Darci José Vedoin, Ronildo Medeiros e Ivo Spínola, além de sete volumes de documentos. Entre esses documentos estão cópias de cheques, de comprovantes de depósitos, duplicatas, contratos, notas fiscais e anotações feitas a mão. Em pelo menos 56 páginas e apenas um bloco de documentos constam cópias de cheques dos Vedoim, donos da Planam, que teriam sido pagos a Lino. Outros cheques são do próprio deputado que foram resgatados pelos empresários em factorings. Tudo a título de pagamento do que Luiz Antonio chama de comissão por emendas realizadas.

Os Vedoim apresentaram inclusive uma nota fiscal no valor de R$ 7,2 mil, de uma grande rede de loja de eletrodomésticos de Cuiabá. A compra teria sido feita, segundo Luiz Antonio, pelo deputado Lino Rossi e paga por Darci. A nota tem data de 2002 e está em nome do dono da Planam.

Só de cheques recuperados em factorings para o progressista foram R$ 963,4 mil. Também foram pagas contas em postos de gasolina no valor de R$ 6 mil. A maior soma é de cheques e depósitos diretamente para Lino: R$ 1,924 milhão. No total, foram R$ 2,974 milhões entre os anos de 2000 e 2002 do primeiro mandato de Lino Rossi na Câmara. Neste montante não está incluído o veículo Fiat Ducato, de R$ 46 mil, que foi pago pelos Vedoin e repassado a Rossi. Também não consta nessa soma um cheque de R$ 104,9 mil que teria sido usado para comprar uma carreta usada na campanha eleitoral de 2002.




Fonte: A Gazeta

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