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Nacional
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 16:14

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O ministro interino da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, marcou para amanhã uma reunião com os sindicatos que representam os aposentados para discutir o reajuste das pensões e aposentadorias acima do mínimo.

A expectativa é que o governo cumpra o acordo fechado em abril com a categoria de reajustar os benefícios em 5%, sendo 3,21% de reposição da inflação e pouco mais de 1% de aumento real.

O reajuste será concedido por MP (medida provisória), assim como o governo tentou fazer da primeira vez. A Câmara, no entanto, modificou o texto e alterou o índice para 16,67%, mesmo do salário mínimo, alta que o governo avisou que não terá condições de manter.

Alguns acreditam que o governo pode anunciar reajuste de 5,28%, mas a maioria acredita que o governo vai encontrar uma forma legal de garantir os mesmos 5% previstos na primeira MP.

O presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, João Inocenttini, disse que a categoria quer a manutenção do acordo. "Se puder ser mais, é claro que vamos pedir, mas queremos que o governo cumpra o acordo e dê, no mínimo os 5%."

Inocenttini afirmou que a categoria quer o compromisso, dos candidatos a presidente, de um projeto para recuperar o poder de compra dos aposentados. O encontro com o presidente Lula, candidato à reeleição pelo PT, já estaria agendado para o dia 19. Os demais estão acertando a agenda.

O secretário de comunicação do Sindicato dos Aposentados da CUT, Epitácio Luiz Epaminondas, acredita que o governo criará uma forma de garantir os 5%. "Abaixar o índice o governo não vai, e também não vamos aceitar."

Epaminondas também criticou o fato de a Câmara ter elevado o reajuste. "É claro que queremos um aumento maior, mas a Câmara colocou em risco o acordo fechado pelo governo e podemos ficar apenas com a reposição da inflação, que foi o tivemos nos últimos 15 anos."

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse que o governo encontrará um meio para garantir o reajuste de 5% e deve fazer por meio de MP.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também insistiu hoje que o governo deve garantir reajuste de 5%.

A MP 291, que garantia o índice fechado em acordo, tem duração até amanhã. Como não foi votada, perderá a validade e precisa ser substituída.





Fonte: Folha Online

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