Ágora promove discussão sobre produção teatral brasileira
O primeiro seminário promovido pelo Ágora, "Odisséia do Teatro Brasileiro", ocorreu em março de 2000. Participaram dele estudiosos como Sábato Magaldi e Gerd Borheim, a fim de discutir sobre a produção do teatro brasileiro. De lá para cá, o Ágora firmou-se como um espaço para não só para o "fazer" como para o "pensar" teatral. O último debate, "Nosso Nome em Vão - A Politização no Teatro e a Teatralização na Política", reuniu pensadores do porte de Marilena Chauí no fim de junho.
O seminário, com entrada franca, começa nesta quarta-feira com dois grupos teatrais já bastante (re)conhecidos pelo público paulistano: o Teatro da Vertigem, encabeçado pelo diretor Tó Araújo, e o Grupo XIX de Teatro, do diretor Luiz Fernando Marques. "Pensamos nos elos que uniam as companhias teatrais para apresentá-las em duplas. A idéia é apresentar as questões estéticas de cada um deles", conta a curadora do seminário, a atriz Isabel Teixeira.
O Vertigem e o Grupo XIX, por exemplo, relacionam-se por um caráter profissional - Marques, que dirigiu as belas montagens de "Hysteria" e "Hygiene", já foi aluno do Tó Araújo, diretor da consagrada trilogia bíblica e de "BR3", o espetáculo que foi estudado ao longo de dois anos para se configurar nas águas do Tietê e, atualmente, está parado por causa da retirada do patrocínio do dono dos barcos.
"Eu, Celso (Frateschi) e Bel (Isabel Teixeira) relacionamos grupos teatrais consolidados e outros em processo de consolidação", conta Lage. "Infelizmente, tivemos de fazer um recorte e deixamos de fora outros tantos grupos importantes", explica Isabel.
A cada debate do seminário haverá um mediador de estreita relação com a arte teatral, entre eles, a diretora e pesquisadora Johana Albuquerque e a acadêmica Iná Camargo Costa. Nesta quarta-feira, a mediadora da discussão estética do Vertigem e do Grupo XIX será a repórter de teatro do Estado, Beth Néspoli.
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