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Politica Brasil
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 07:00
Por: Eugênia Lopes

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A menos de 24 horas da apresentação do relatório preliminar da CPMI dos Sanguessugas, o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), ainda tenta salvar alguns parlamentares, apesar dos indícios de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Com 1.300 páginas, o relatório de Lando será dividido em três partes e deverá pedir a cassação do mandato de 75 dos 90 parlamentares notificados pela CPI.

O relatório deverá ser votado pelos integrantes da comissão parlamentar somente na próxima semana. A correligionários, o relator da CPI dos Sanguessugas confessou que não está convencido do envolvimento de, pelo menos, dois parlamentares - o senador Magno Malta (PL-ES) e o deputado Pedro Henry (PP-MT) - no esquema de apresentação de emendas orçamentárias para compra de ambulâncias superfaturadas.

A cúpula da CPMI tem indícios de que o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam, negocia com pelo menos oito parlamentares a retirada de seus nomes da lista de acusados de receber propina. Segundo dirigentes da CPI, a maioria desses parlamentares seria de Mato Grosso, onde fica a sede da Planam, empresa que funcionava como central de operações da máfia das sanguessugas.

A comissão também tem informações de que esses oito parlamentares têm dívidas com o empresário. Integrantes da CPI começaram a suspeitar de Vedoin depois que ele poupou os oito parlamentares no depoimento dado à CPI há uma semana, na sede da PF, em Brasília. Antes, ao ser inquirido pela Justiça Federal de MT, o empresário acusara esses congressistas de apresentar emendas ao Orçamento da União para a compra de ambulâncias superfaturadas. Entre os inocentados agora por Vedoin, estão os deputados mato-grossenses Pedro Henry (PP) e Teté Bezerra (PMDB).




Fonte: Brasilía/AE

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