Varejo espera venda 10% maior

O varejo projeta alta de 10% nas vendas do Dia dos Pais este ano. A expectativa é baseada na desaceleração do ritmo de queda nas comercializações no início do segundo semestre, cenário que já anima os comerciantes. Para atingir o balanço desejado na data comemorativa, as empresas vêm apostando na redução das taxas de juros e no apelo à diversificação do mix de presentes. O destaque fica com o crescimento da demanda por eletroeletrônicos, com preços entre R$ 150 e R$ 1 mil.

O presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf, destaca que a queda de 1% nas vendas no mês de julho em relação ao mesmo mês de 2005 ante 9% de retração no acumulado do primeiro semestre dita o tom de otimismo entre os comerciantes. "Há uma possibilidade de crescimento real em relação a 2005 porque o mercado começou a reagir melhor nesse começo de semestre".

Num comportamento atípico ante o histórico do setor, no ano passado o Dia dos Pais superou as vendas de duas datas de peso: Mães e Namorados. "Essa situação não é natural, mas há uma grande chance de que isso aconteça novamente este ano". De olho nos consumidores a política dos juros baixos vêm sendo utilizada em larga escala nas vitrines nos últimos dias que antecedem a data. Segundo o presidente da Fecomércio na maioria das lojas as taxas não chegam a 2% ao mês para as compras parceladas.

Nadaf destaca que a expectativa é que os eletroeletrônicos conquistem o maior crescimento percentual em faturamento entre os segmentos do varejo no Estado. O dono da Decorliz Lar Center, Paulo Gasparoto, afirma que é grande a procura por produtos como grelhas e churrasqueiras elétricas, assim como a tradicional poltrona "do papai" e câmeras digitais. Nadaf também ressalta que é ainda grande a procura por telefone celular e TVs.

"O Dia dos Pais vem sendo fortalecido em relação a anos anteriores. Aquele pai que só ganhava um jogo de meia ou cuecas agora tem prestígio cada vez mais similar ao das mães na hora do presente", analisa Gasparoto. Já Nadaf frisa que a alta na procura por eletroeletrônicos traduz uma mudança cultural nos hábitos de consumo. "O presente do Dia dos Pais também passou a ser o da família. Está se perdendo o conceito de que eletrodoméstico e eletrônicos são apenas para a mãe".