Assoreada, bacia do São Lourenço será recuperada
Segundo o biólogo e coordenador da Organização Não Governamental (ONG) The Nature Conservancy (TNC), Glauco Kimura de Freitas, já foram feitas quatro visitas aos municípios que abrigam a bacia do São Lourenço, entre eles estão Jaciara, Dom Aquino, Poxoréo, Primavera do Leste e Rondonópolis.
Pelo menos 1,2 mil propriedades concluíram o processo de cadastramento, metade delas. Todas as informações, o que inclui fotos digitalizadas, estão sendo armazenadas num programa de computador que fará o cruzamento dos dados para finalização do levantamento.
Ele explica que o objetivo não é punir os agropecuaristas, mas conscientizá-los para a importância da preservação das cabeceiras do São Lourenço e dos seus afluentes.
"Existe muita mata ciliar devastada gerando pontos de sedimentação e erosão, do solo para o rio, mas não chega a ser voçoroca". Os corredores abertos pelo gado em direção à água também colaboram para o processo de desgaste.
Para o presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Leonir Rugere, há uma aceitação e expectativa dos produtores da região para o projeto. Por enquanto, ainda não existe falta de água, apenas de peixes.
"Ninguém tinha conhecimento da importância das APPs há 20 anos atrás, agora a situação é outra. Todos estão interessados em mudar de atitude". Faz 24 anos que Rugere mora na localidade.
Parcerias - O aporte financeiro disponibilizado pela ONG é de US$ 200 mil, neste primeiro ano dos trabalhos de campo.
Existe um acordo de cooperação com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder) também é um potencial parceiro.
A TNC tem diversos programas no mundo inteiro, desde 1988, que defendem os interesses da conservação ambiental. Oferece a proposta de desenvolvimento sustentável, isto é, avanço econômico dentro de parâmetros para proteção da biodiversidade aquática e terrestre.
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