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Politica Brasil
Segunda - 07 de Agosto de 2006 às 15:18

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O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirmou na tarde desta segunda-feira que aceitaria a ajuda das Forças Armadas em uma situação de ataques como a que o Estado vive hoje e nos últimos meses.

"Se o Exército puder ajudar... Por exemplo, o secretário da Segurança [Pública, Saulo de Castro Abreu Filho] propôs que o Exército guardasse as muralhas das prisões e, com isso, liberaria muito PM para o trabalho de rua. Essa, por exemplo, é uma colaboração que poderia ser feita", disse Serra, durante caminhada pelo comércio de Brasilândia, zona norte da capital.

Mesmo dizendo que aceitaria a ajuda federal, Serra não perdeu a oportunidade para criticar a atuação do governo. "O que o governo federal puder fazer, e está fazendo pouquíssimo, sempre será uma ajuda", afirmou.

Segundo o tucano, a polícia de São Paulo está trabalhando bem e já obteve avanços na "guerra contra o crime organizado".

"Estamos enfrentando um crime organizado no Estado de São Paulo, que ainda não foi inteiramente desmantelado, já houve avanços nessa direção, mas ainda falta muita coisa, e nós estamos solidários com a nossa polícia", disse Serra.

O candidato do PSDB pediu para a população não ficar "alarmada". "É importante que a gente não fique alarmado porque a polícia está trabalhando para que haja mais tranqüilidade para as pessoas."

E deu o exemplo. Um comerciante perguntou se ele não temia sair em público por causa da onda de ataques. "Não, eu continuo minha vida e meu trabalho normalmente", respondeu.

Serra disse que, se eleito, pretende criar um novo presídio segurança máxima estadual. Na sua opinião, o Estado tem que cortar as fontes de renda do crime organizado.

"Nós temos de aprofundar o trabalho de inteligência de informação, de cortar o esquema financeiro deles que funciona, de fazer mais um presídio de segurança máxima para isolar os líderes deles", declarou o candidato.

Sanguessugas

Serra não quis falar sobre a CPI das Sanguessugas. Perguntado se ele estava preocupado com o relatório parcial da comissão, que deve ser divulgado na próxima quinta-feira, ele respondeu que não. "Nem teria teria porque ter [preocupação]", disse.

Em depoimento à CPI, o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos donos da Planam, disse que operava o esquema desde a época em que Serra era o ministro da Saúde, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Ele disse ainda que, em 2001, esteve com o pai, Darci Vedoin, na solenidade de entrega de cerca de 50 ambulâncias em Cuiabá. Na ocasião, Serra esteve presente.

Apesar disso, o dono da Planam afirmou que nunca tratou do esquema com nenhum ministro.




Fonte: Folha Online

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