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Politica Brasil
Sábado - 05 de Agosto de 2006 às 12:03

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A Justiça Eleitoral mandou ontem a Polícia Federal procurar e apreender, com supostos cabos eleitorais em Dourados (MS), panfletos apócrifos com o título: "João Grandão, companheiro de Delcídio do PT, chefiava a quadrilha dos sanguessugas".

A decisão da Justiça atende ao pedido do senador Delcídio Amaral, candidato a governador de Mato Grosso de Sul pelo PT. Ele responsabiliza pela distribuição dos panfletos o seu principal adversário, o ex-prefeito de Campo Grande André Puccinelli (PMDB).

Os panfletos, segundo o senador, circulam desde a noite de quarta-feira em Dourados, segunda maior cidade do Estado e reduto eleitoral do deputado João Grandão (PT-MS).

Em depoimento à Justiça Federal, o empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de liderar a máfia dos sanguessugas, disse que Grandão recebeu propina do esquema de venda de ambulâncias. O deputado nega.

Até o início da noite de ontem, a ordem do juiz Paulo Cinoti ainda não havia chegado à PF. O juiz mandou ainda que as apreensões eventualmente feitas sejam encaminhadas ao Ministério Público para apuração.

Do tamanho de uma folha A4, o panfleto traz em destaque a foto de Grandão. No canto inferior esquerdo, há uma montagem com as fotos dos rostos de Delcídio e Grandão ligadas, na altura da boca, ao desenho de uma bolsa de transfusão de sangue. Sobre a foto do senador aparece um balão com o seguinte texto: "É, Grandão, o sangue é doce, mas está acabando".

"Forraram a cidade com esses panfletos. Foram vistos alguns carros da coligação de Puccinelli distribuindo", afirmou Valeriano Fontoura, advogado de Delcídio.

Puccinelli respondeu, via assessoria de imprensa, que desconhece a circulação de panfletos e não usa esses métodos na campanha.





Fonte: 24HorasNews

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