Mesmo desgastados, acusados dizem não recuar da reeleição

Apesar do desgaste causado com o escândalo da máfia dos sanguessugas, os deputados Lino Rossi (PP), Ricarte de Freitas (PTB) e Pedro Henry (PP) decidiram manter as candidaturas à reeleição. Eles dizem que uma eventual vitória poderá ser a melhor resposta às denúncias.

Lino, Ricarte e Henry se reuniram nesta quarta-feira, em Brasília, quando discutiram o recuo. Todos descartaram de imediato a possibilidade, que começava a ser cogitada veículos de comunicação do país inteiro.

"Renunciar é um palavra que não existe no nosso dicionário. Isso sempre foi claro para mim e eles disseram a mesma coisa nesse encontro", relata Lino, que é um dos mais desgastados com o escândalo.

Lino pondera também que um eventual recuo de qualquer um dos concorrentes poderia prejudicar futuramente os parlamentares. "Seria como assinar um confissão e não temos que fazer isso porque não cometemos esses crimes", completa. Antes de optar pelo projeto à reeleição, Henry tentava candidatura a senador. Os deputados Celcita Pinheiro (PFL), Wellington Fagundes (PL) e a senadora Serys Marly (PT) também são investigados porque tiveram os nomes citados no esquema. Nenhum cogita a renúncia.