Cerca de 15 parlamentares devem ser inocentados no caso sanguessugas
Nesta sexta-feira, o sócio da Planam, Luiz Antônio Vedoin, prometeu ao relator da CPI, Amir Lando (PMDB-RO), encaminhar novas provas contra os parlamentares que teriam se beneficiado do esquema de corrupção.
Em aproximadamente cinco horas de um depoimento reservado, o empresário inocentou uma minoria dos cerca de 90 parlamentares citados e, um a um, reafirmou o envolvimento e detalhes da participação de deputados e senadores no esquema.
Cheques e comprovantes de depósitos seriam repassados à comissão parlamentar antes da apresentação do relatório final, prevista para o dia 10. "Infelizmente uma minoria será inocentada", afirmou o sub-relator, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Lando e Sampaio colocaram hoje frente a frente Vedoin, o empresário Ronildo Medeiros, cuja empresa estaria envolvida com a máfia, e Marcelo Cardoso de Carvalho, assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado de receber propina do esquema.
A acareação durou cerca de 20 minutos e nada acrescentou às investigações. Os três mantiveram suas versões para o caso. Dentre as versões ouvidas, de acordo com Sampaio, a apresentada pelo assessor de Suassuna não é crível.
Acusado de receber R$ 225 mil do esquema, Carvalho disse que os recursos que recebeu foram para o pagamento de um barco que teria vendido, mas que ainda estava sob seus cuidados. "É uma versão que a mim não convenceu", afirmou Sampaio.
Diante das dúvidas, o relator disse que pode partir para a quebra dos sigilos bancários dos assessores. As informações, no entanto, não chegariam à CPI antes da apresentação do relatório final.
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