Tempestade no Caribe perde força e petróleo segue em queda
Às 14h11 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 74,65, baixa de 1,07%.
Os serviços meteorológicos americanos informaram que a tempestade Chris, que apresentava sinais de que poderia vir a se tornar um furacão, perdeu força. O temor entre os investidores era o de que pudesse se repetir o que aconteceu em 2005, após a passagem de furacões na região do golfo do México.
Analistas consultados pela agência de notícias Associated Press lembraram que o furacão Rita, no ano passado, começou como um fenômeno de categoria 2, perdeu força e voltou como um de categoria 5. Antes do Rita, o Katrina causou destruição na região e afetou o funcionamento de refinarias e instalações petrolíferas.
Algumas das unidades de produção de petróleo e combustível da região ainda não se recuperaram totalmente dos estragos causados no ano passado pelos furacões.
Nigéria e Oriente Médio.
Três filipinos que trabalham para a construtora americana Baker Hughes no sul da Nigéria foram seqüestrados hoje, um dia depois de um cidadão também ter sido seqüestrado na região.
A autoria das ações ainda não foi reivindicada por nenhum grupo. Desde o início deste ano, as ações de grupos armados aumentaram no sul do país, onde se concentra a produção de petróleo.
A gigante anglo-holandesa Royal Dutch Shell, maior petrolífera em operação na Nígeria, informou que a SPDC ("jont venture" da qual detém 30%) já teve de reduzir sua produção em 675 mil barris diários.
As rivais italiana ENI, e americana Chevron também sofrem perdas devido aos ataques, organizados em alguns casos por grupos de comunidades próximas às áreas de exploração que exigem das empresas participação maior nos lucros obtidos com o petróleo.
Permanece no radar dos investidores, ainda, o conflito entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah --que fez o preço do barril atingir o recorde de US$ 78,40 em 14 de julho, dois dias depois do início do confronto-- e da crise nuclear no Irã.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu ontem um cessar-fogo, mas voltou a desferir duros comentários contra Israel, pregando sua destruição. "O verdadeiro remédio para o conflito [no Líbano] é a eliminação do regime sionista", disse, na Malásia, onde participa de encontros da Conferência Islâmica.
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