O eleitor está “assuntando”
Com base nisso, seguem as definições do Tribunal Superior Eleitoral do que seja voto nulo, voto em branco e voto na legenda de um partido.
1- Voto nulo -É considerado voto nulo quando o eleitor manifesta sua vontade de anular seu voto, digitando na urna um número que não seja correspondente a nenhum candidato ou partido político oficialmente registrados. No caso de uso de cédula de papel, é quando o eleitor faz qualquer marcação que não identifique de maneira clara o nome, ou o número do candidato, ou o número do partido político. O voto nulo é apenas registrado para fins de estatísticas e não é computado como voto válido, ou seja, não vai para nenhum candidato, partido político ou coligação.
2- Voto em branco - É considerado voto branco quando o eleitor manifesta sua vontade de não votar em nenhum candidato ou partido político, apertando a tecla “Branco” na urna. O voto branco, assim como o voto nulo, é apenas registrado para fins de estatísticas e não é computado como voto válido, ou seja, não vai para nenhum candidato, partido político ou coligação. Antes da Lei 9.504/97, o voto branco era considerado válido, mas desde então não é mais.
3- Voto de legenda - É considerado voto de legenda quando o eleitor manifesta sua vontade de votar apenas no partido político de sua preferência, devendo para tanto digitar na urna os dois primeiros algarismos que identificam o número do partido político e apertar a tecla “Confirma”. O voto de legenda é considerado voto válido, sendo para o cálculo do quociente eleitoral e do quociente partidário. Com esse voto elege-se candidatos com votação secundária aos mais votados de cada partido.
Porém, é uma discussão longa e cheia de dúvidas. Pela internet estão circulando manifestos estimulando os votos nulos e em branco, contendo informações completamente distorcidas, e recordando que o plebiscito sobre o desarmamento foi definido pelas redes de e-mails. Não é verdade, como não é verdade o que dizem as tais informações.
Quem quiser votar ou não, deve fazê-lo sabendo das verdadeiras razões e conseqüências. Porém, a verdadeira questão é que o eleitor brasileiro desta eleição está cuidadoso. A eleição não está nas ruas porque estão proibidas as camisetas, os out-doors e outros brindes que dão visibilidade. Com isso, a impressão é de não há campanha. Há, sim. Mas há outro fato paralelo: os candidatos não sabem se comunicar com esse eleitor perplexo.
Na opinião de especialistas com quem conversei, o eleitor está “assuntando”. Vai escolher sem paixão. Mas sabe o que não quer nos candidatos. Logo, votará mais amadurecido. E a coisa mais gritante: o eleitor não quer mentiras!
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